“O que, passando, se mete em questão alheia é como aquele que toma um cão pelas orelhas. Como o louco que lança de si faíscas, flechas e mortandades, assim é o homem que engana o seu próximo e diz: Fiz isso por brincadeira.” (Provérbios 26:17-19 ARC).
Queridas leitoras, os versículos que acabamos de ler trazem alguns conselhos quanto ao relacionamento com o próximo.
Creio que é sempre oportuno falarmos sobre como podemos melhorar nossos relacionamentos, seja no lar, na igreja ou no trabalho. E as Sagradas Escrituras nos dão excelentes instruções quanto a isso. No texto acima citado, o v. 17 fala acerca do perigo que há quando alguém se envolve nos problemas dos outros, comparando essa atitude a alguém que tenta pegar um cão pelas orelhas.
Todos sabemos que fazer isso não é sensato: corre-se o risco de acabar sendo mordida pelo animal, pois ele, instintivamente, pode reagir para se defender e, assim, atacar a quem tentar lhe tocar. Os cães, na antiguidade oriental, viviam pelas ruas, procurando alimento e brigando uns com os outros; não eram como os cães que conhecemos em nossa realidade atual, que são tratados muitas vezes até melhor que muitas crianças... Dizem alguns comentaristas que os cães daquela época pareciam-se mais com lobos do que com cães. Assim, era um risco grande tentar agarrar um deles pelas orelhas.
Oh, queridas, quantos problemas podemos evitar, se tivermos o bom senso de não nos metermos nos problemas alheios! É claro que geralmente quem faz isso, acha que está ajudando, mas na realidade, pode estar trazendo sérias consequências para si.
Devemos nos lembrar do que ensinou o apóstolo Paulo em Romanos 12.18: “Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens”. No que depender de você, esforce-se para não entrar em pelejas, discussões, brigas, disputas iniciadas por outras pessoas. Assim, você evitará muitos problemas e viverá em paz.
Agora, vejamos o que nos recomenda os vs.17-18. Aqui o sábio escritor alerta para a atitude insensata de enganar o próximo e depois dizer que estava apenas “brincando”. E ele compara este comportamento a alguém sem juízo que lança de si faíscas, flechas e mortandades. Sim, queridas, tomar atitude como esta é algo bastante perigoso, pois não sabemos como nosso próximo vai reagir àquela brincadeira de mau gosto. Muitas pessoas já se deram muito mal porque fizeram isso. Quantos já perderam até a vida, por causa de piadas, brincadeiras de provocação ou de susto.
Quem é sábia, não procede assim. Sua palavra é sempre verdadeira, e ela não brinca com os sentimentos de seu semelhante. Precisamos ser responsáveis com aquilo que dizemos, pois nossas palavras podem trazer boas ou más consequências. Veja o que diz Provérbios 18.21: “A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto”.
Podemos promover a vida ou podemos provocar a morte através daquilo que dizemos. Sejamos, portanto, responsáveis, e não brinquemos com coisas sérias. Não brinque de dar sustos nas pessoas, dando-lhes más notícias, ou inventando mentiras sobre as pessoas... Isso lhe trará sérias consequências, mais cedo ou mais tarde.
Consideremos o que disse o apóstolo Paulo em Efésios 4.29: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem”.
Que o critério para a escolha de nossas palavras seja sempre este: que seja boa para promover a edificação e dar graça aos que as ouvem.
Amém!
Judite Alves
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