Judite Maria da Silva Alves

Professora e terapeuta familiar; casada com o Pr.Ailton José Alves (presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco); mãe de três filhos (casados), e avó de quatro netos. Apresenta diariamente, há mais de dez anos, o programa “A mulher e seus desafios” pela Rede Brasil de Comunicação. Lidera o trabalho de Círculo de Oração em todo o estado de Pernambuco e coordena as atividades sociais da IEADPE, que mantém oito Centros de Desenvolvimento Integral Vida em várias comunidades carentes na Região Metropolitana do Recife, onde são atendidas mais de 4 mil crianças.

Por que elaborar o Luto?

Talvez aos olhos de algumas pessoas esse tema pareça difícil de ser digerido, pelo fato de que a vida é cheia de eventos significativos, que nos marcam negativa e positivamente. Entretanto, ainda assim, não queremos morrer, nem tão pouco queremos passar por um momento de perda de um ente querido.

Com razão o sábio disse que no dia da prosperidade, seja feliz; mas, no dia da adversidade considere, que Deus fez tanto este como aquele, para que o ser humano não descubra nada do que há de vir depois dele (Ec 7.14).

É importante não esquecermos da grande realidade da vida: há tempo de nascer e tempo de morrer, há um tempo para todo propósito debaixo do céu (Ec 3.1). É real essa afirmativa. Muitas vezes lidamos como a morte como se fosse um jogo de esconde-esconde, mas é uma realidade que todos iremos enfrentar. A morte é real, é implacável. Ela pode chegar a qualquer momento e em qualquer tempo e em qualquer lugar. O Dono da vida é quem tem o controle de tudo nas mãos, é quem determina e dá-nos a mesma advertência que deu a Israel: prepara-te para te encontrares com o Senhor teu Deus (Am 4.12). Que realidade dura! O sábio já dizia que é melhor ir a casa onde há luto do que ir a casa onde há banquete, pois naquela se vê o fim de todas as pessoas; e que os vivos o tomem em consideração (Ec 7.2). 

Enfrentar a perda de um ente querido não é fácil, pois ao sentirmos a separação do outro, evidentemente, refletimos sobre a nossa finitude também. O sofrimento que nos causa a perda daquele(a) que nos é querido é algo dilacerador. E como fazemos para ressignificar essa perda ou elaborar esse luto? Alguém já disse que elaborar o luto é você sentir a dor da perda e aprender a perder essa dor, para não ser transformada em adoecimento. Vamos então compartilhar como devemos elaborar o luto. Vamos juntas, então: 

Em primeiro lugar devemos ter consciência de que lidar com perdas não é fácil, e ao longo da vida sempre estamos nos deparamos com perdas, mas a perda de uma pessoa que nos é querida, creio que é a mais difícil de todas. Quando falo nas perdas me reporto a Jó que é um exemplo para todas nós de resignação e paciência, pelo fato de ter fôlego para louvar a Deus em meio às perdas. Como ser humano, vemos que muitas vezes ele inundado por uma avalanche de sentimentos como: tristeza, raiva, revolta, alívio, culpa, medo, entre outros. Ele ressignificou pela sua fé em Deus e a esperança que a seu tempo Deus teria misericórdia dele (Jó 19.25).

Vamos conhecer alguns passos que podemos dar a fim de que possamos superar a dor do luto, de uma perda que é fato na vida de todo ser humano.

1. Ter consciência que um dia podemos nos surpreender com a morte de alguém que nos é querido (Marta e Maria, com a morte de Lazaro);

2. Cada pessoa tem sua individualidade, e o luto é um processo interior, portanto, há maneiras diferentes de se enfrentar o momento e a reação diante das perdas difere de indivíduo pra indivíduo ( Jo 11.28);   

3. Aceitar a morte como a vontade de Deus ajuda você a aceitar o luto (Fl 1.20-21);   

4. Não esconder seus sentimentos, mas sem exagero, expresse sua dor e o que está sentindo. Se tiver vontade de chorar, chore; se sentir a necessidade de conversar com alguém, busque um amigo ou um profissional na área das emoções, para lhe ajudar nessa elaboração;   

5. Ter a consciência de que o luto tem um tempo para ser superado, na vida de algumas pessoas é mais prolongado que em outras;   

6. Conversar sobre o que aconteceu é uma maneira de aceitar aos poucos que a outra pessoa não estará mais com você. É fato que a vida continua;   

7. Aceitar apoio dos amigos e da família evita isolamento e adoecimento;    

8. Se apegar a Palavra de Deus como fonte de inspiração e consolo para nossa dor. Ele sara os que tem o coração quebrantado como diz o salmista: “Ele sara os que tem o coração quebrantado e trata as feridas deles” (Sl 147.3). Que lindo, que temos o Espírito Santo que nos ajuda em todas as coisas! Nas nossas alegrias, frustrações, decepções e perdas, tem uma finalidade. E, acredite amada, que o que está escrito para o nosso ensino está escrito: “todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus”. E ‘todas as coisas’ inclui: tristezas, alegrias, ganhos e perdas. Evidentemente Ele prometeu estar convosco todos os dias. ACREDITE e o desfrute! 

Deus em Cristo nos abençoe!

 Judite Alves

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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