Vivemos em uma era de muita artificialidade, em que os valores são relativizados, e é notório que há certa dificuldade, muitas vezes, de se reconhecerem as pessoas genuínas, as pessoas sem máscaras e verdadeiras.
Evidentemente, não em sua totalidade, pois sempre houve e haverá pessoas que, em detrimento de qualquer preço, permanecem naquilo que aprenderam. Esse comportamento degradante existe desde que o mundo foi mundo, habitado pelo ser humano, pois a inveja, a mentira e a hipocrisia encontraram lugar no homem, e daí se generalizou, trazendo o vírus do pecado à raça humana, que só veio a ser resgatada através da promessa de Deus (Gn 3.15). Esta promessa redentora teve seu cumprimento em Jesus Cristo, que veio com o fito de libertar a todos os oprimidos do diabo.
A partir do encontro com Jesus de Nazaré, podemos viver a plenitude de uma nova vida nele (2Co 15.7). Se você é uma cristã autêntica, você se envolve no espírito, na alma e no corpo, é uma entrega total ao Senhor de sua vida (1Ts 5.25), e quando esta entrega é feita com gratidão, você se junta ao salmista e canta em alto e bom tom, dizendo: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome” (Sl 103.1-2).
É bem verdade que vivemos em um contexto no qual a falta de limites, de paradigmas e de respeito são evidentes, no entanto o que me alegra são as palavras instrutivas dadas pelo próprio Deus: “Não siga a multidão para fazer o mal e, num processo, não deponha com a maioria, para torcer a justiça” (Êx 23.2). Em Provérbios encontramos o seguinte conselho: “Não removas os limites antigos que fizeram teus pais” (Pv 22.28); no capítulo 23, no verso 10, está escrito: “Não remova os marcos antigos, nem entre nos campos dos órfãos, porque o Redentor deles é forte e defenderá a causa deles contra você” (NAA). Neste contexto, o sábio está falando literalmente de limites de propriedades.
Não quero me ater a essa questão, não obstante, se você observar o mundo que estamos vivendo, há uma invasão de fronteiras por parte de alguns, e o mais triste é quando alguns, que se dizem cristãos, e obviamente, não o são, não têm limites de entrar na vida privada de autoridades e de seus pares, parecendo que não existe lei. Insultam, não medem as palavras, são como dizia o sábio; “A morte e a vida estão no poder da língua; quem bem a utiliza, come do seu fruto” (Pv 18.21). Isto é muito forte.
Penso que cada uma de nós deve fazer três perguntas que devem servir como parâmetro para as nossas ações: O que faço agrada a Deus? (Sl 19.14) O meu comportamento é de uma cidadã do céu? (Sl 15). Estou imitando a Deus? (Ef 5.1)?
Se passarmos por este crivo bíblico, podemos seguir a vida cristã em sua totalidade; caso contrário, estamos sendo a vergonha do Evangelho. Deus nos guarde a não vivermos um baixo padrão do Cristianismo, assim seremos considerados por Jesus de hipócritas.
Se agirmos assim, será que estamos sendo cristãs verdadeiras? A grande questão não está em fazer, em aparecer, em falar. A grande questão está no ser. Este é o segredo do verdadeiro cristianismo: sermos imitadores de Cristo, como disse Paulo, ter o seu caráter.
Ó, Senhor, ajuda-nos a viver para ti e em ti! Esta condição amiga, faz toda a diferença! O próprio Jesus disse: “Nisso é glorificado meu Pai: que vocês deem muito fruto; e assim se tornarão meus discípulos” (Jo 15.8). A palavra assim, significa, desta maneira, nesta condição você será discípula do Mestre do amor. Se imitar a Jesus como filha amada (Ef 5.1) Que lindo! O apóstolo João escreveu algo muito contundente, e permita-me transliterar: “Amadas, agora somos filhas de Deus e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como ele é, o veremos” (1 Jo 3.2). Então, vale a pena andar nos caminhos que o Senhor traçou para nós. Amiga, vamos deixar de invadir a fronteira do outro, vamos ser pontes, e não muros. Se alguém nos der fel, ofereçamos-lhe mel. Assim seremos cristãs verdadeiras.
MARANATA!!! Seja esse o nosso clamor.
Meu abraço!
Judite Alves
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