Foi lá no Éden que Deus, o Criador, percebeu o quanto o mundo precisava de nós. Já se deu conta, amiga, sobre o que diz a Palavra de Deus? Depois de tudo feito e visto que era bom, Deus diz: “Não é bom…”. Por que será que, depois de ver que tudo estava bem, o Senhor Deus se expressou assim? Ah, é que faltava a mulher! Ele declara: “Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2.18).
Que coisa boa! Somos parte do projeto de Deus. E vou mais além: diferentemente dos outros seres criados, tanto a mulher como o homem não foram chamados à existência como os demais. Foram feitos pelas próprias mãos do Criador. Quando falo sobre esse assunto, digo que a formação da mulher, a partir da costela de Adão, diz respeito aos propósitos de Deus para nossas vidas, principalmente, o de complementariedade. A completude do ser humano, mediante a feitura da mulher, como toque final da criação, demonstra como nosso papel está vinculado ao do homem, aquele que Deus criou para que juntos dominássemos a terra.
Desde o Éden, a mulher tem sido o alvo prioritário de satanás. De forma sutil, ele tenta argumentar conosco que não precisamos ser aquilo para o qual Deus nos designou. O inimigo distorce a Palavra de Deus nos nossos ouvidos, fazendo-nos crer que poderemos superar em beleza, em poder e em conhecimento, exatamente nas áreas em que ele se exaltou e, por isso, foi expulso do céu.
A boa notícia é que em Cristo, podemos retornar àquele ponto em que nos perdemos lá no Éden. Podemos viver harmoniosamente, homem e mulher, para o louvor do Seu Nome. Jesus, pela sua morte e sofrimento, respondeu à condenação dos nossos pecados e, por Ele, podemos nos tornar livres.
Bendito seja Deus, o Pai, pelo nosso Senhor Jesus Cristo! Um dia, em Cristo, nos tornamos livres para sermos mulheres de verdade. E, como tais, podemos cumprir o propósito de Deus de sermos verdadeiras companheiras do homem em todos os sentidos da palavra.
Quando Deus fez a mulher, chamou-a de “ezer kenegdo”. Não é bom que o homem esteja só; farei para ele uma ezer kenegdo”. Esse termo quer dizer algo como “um salva-vidas ao lado de”.
Que fantástico! Deus nos colocou como alguém que salvaria vidas ao lado do homem. O sábio escritor, em sua sabedoria, já corrobora essa premissa ao dizer: “A mulher sábia edifica a sua casa, mas a insensata a derruba com as próprias mãos” (Pv 14.1). Se Deus nos fez como ajudadoras, devemos auxiliar os nossos maridos, incentivá-los; para tanto peçamos a Deus graça e sabedoria para estimular a liderança masculina, e não sufocá-la, como vemos em filmes, séries e no dia a dia. Deslocar o homem do seu papel é estratégia da antiga serpente. Abra os olhos, companheira! (Confira 2Co 11.1-3).
Deus fez tudo certo: o homem tem necessidade de ajuda; a mulher, de ajudar; por isso o homem e a mulher, juntos pelo casamento, se complementam. Acredite, minha amada, que na missão de vida do seu marido, Deus preparou você para que lhe corresponda: você é a pessoa designada e adequada na obra determinada por Deus para o seu marido. Exerça ele qualquer profissão, ele tem um trabalho a realizar, quer seja médico, advogado, comerciante, pastor ou até mesmo um pedreiro, não importa, você, mulher, tem o chamado para ser a companheira dele à altura, exercendo-o com respeito, amor, obediência a Deus e submissão, e não subserviência, ao marido e empatia, até porque Deus nos fez assim, com um sentindo mais aguçado para interpretar sentimentos. Já pensou sobre isso? Nós, mulheres, temos mais esta característica de sentir o que o outro sente. Deus nos fez assim porque sabia que precisaríamos dessa sensibilidade para cuidar de outros. Louve a Deus, mulher, por Ele lhe ter feito mulher (Sl 103.1-3)!
Quando cumprimos o propósito de Deus, no que diz respeito ao companheirismo, o nosso lar está inserido no que descreve o salmista no Salmo 128 (leia todo salmo), que é um ninho de amor. Cada membro da família exerce seu papel dentro da vontade do Senhor. Um lar assim causa inveja, e, com certeza, o inimigo buscará arruiná-lo, mas perderá seu tempo, porque esta casa está edificada sobre a rocha, que é Cristo Jesus (Mt 7. 24-27).
Querida irmã, que eu e você possamos cumprir o propósito de Deus em nossas vidas, e, fazendo assim, seremos verdadeiras companheiras de nosso cônjuge. Em Cristo Jesus seguiremos livres e em nossa vida não haverá brechas para o inimigo entrar através do egoísmo, do ressentimento e do medo. “Se, pois, o Filho os libertar, vocês serão verdadeiramente livres” (Jo 8. 36).
Até o próximo encontro! Deus lhe abençoe!
Meu abraço.
Judite Alves
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