Você é ou conhece alguma mulher que não consegue resistir a uma promoção, que não consegue sair e voltar para casa sem sacolas de compras ou até mesmo compra de forma compulsiva? Se sim, essa pessoa possivelmente sofre de Oneomania, que trata-se do transtorno compulsivo por compras.
Existem momentos em que uma pessoa compra porque está triste, por ter terminado um relacionamento, por ter perdido uma pessoa querida e etc. Ou seja, a pessoa faz a compra para aliviar a angústia e para sentir um prazer imediato, funcionando de forma superficial e não solucionando o real problema.
Todavia o comprador que é compulsivo, não para aí. Ele sente a necessidade de comprar para aliviar a ansiedade em diversos aspectos da sua vida e momentos, em seu cotidiano, se tornando dependente por compras, sem conseguir sequer parar.
Se você vive ou viveu alguma dessas situações, cuidado você já pode estar sofrendo desse mal.
Uma desculpa bastante comum dada pelas mulheres é que na infância ou no passado não tinham condições financeiras e que por isso compram bastante hoje, tornando-se assim um prato cheio para os vendedores que percebem a sua fragilidade de não resistir à tentação do comprar.
Normalmente tratam-se de pessoas com problemas emocionais, são muito ansiosas e como não dão conta de enfrentar e lidar com problemas do dia a dia, usam as compras como fuga, chegando ao ponto de ás vezes nem utilizar o que foi comprado. Em alguns casos em que o transtorno se intensifica até o orçamento familiar, tal como a relação conjugal se prejudicam. Sendo que as mulheres passando por isso é mais recorrente.
Quando a pessoa é portadora do transtorno compulsivo por compras, ela precisa procurar ajuda, afinal caso ela não reconheça a situação em que se encontra, a tendência é a piora do quadro, dos sintomas e das consequências geradas pelo transtorno, transformando a compra em um vício em sua vida.
Em casos práticos, não foram poucas as vezes que mulheres me procuraram no consultório, sendo em sua maioriapacientes que já estavam com um quadro avançado.
Em um desses casos, a paciente só procurou tratamento porque o marido exigiu e estava prestes a separar. A desculpa utilizada por ela era que quando era criança tinha passado diversas vontades e agora casada com um grande empresário, não iria se privar, não fazendo outra coisa a não ser comprar.
Quando analisei foi possível identificar que a angústia estava associada a um sentimento de inferioridade advindo do passado e a falta de atenção por parte do marido. Após isso, realizou-se o tratamento especializado, culminando após muito esforço em um resultado muito positivo, em que a paciente passou a se sentir capaz, viver um casamento melhor e saudável, chegando a inclusive administrar uma das empresas, deixando a compulsão.
Outro caso bem triste, foi o de uma filha que me procurou para tentar ajudar sua mãe. A mãe tinha compulsão por compras e o pai acabou se divorciando, todavia com o divórcio a Oneomania de sua mãe só se agravou, chegando ao ponto em que a mãe foi perdendo tudo o que tinha, chegando ao extremo de vender sua casa e gastar em compras, contraindo enormes dívidas. Nesse caso a filha havia internado a mãe em uma clínica de dependência química, pois a mesma já estava tornando-se alcoólatra.
O importante é que você aprenda lidar com os seus problemas, sejam eles conjugais, profissionais, relacionados à saúde, a falta de reconhecimento na sociedade e etc. Causados possivelmente por uma ansiedade elevada.Mt 6. 25- 27. “Por isso vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida ... Qual de vós, por ansiosos pode acrescentar um côvado ao curso de sua vida?”.
Dicas
* Busque se acalmar sempre, encarando sua situação de frente.
* Se você já foi muito criticada na vida, busque reduzir a importância da falta de reconhecimento das pessoas.
* Identifique se suas atitudes estão pautadas na impulsividade, buscando raciocinar, planejar e ponderar elas antes de qualquer ação.
* Sempre que for comprar, oxigene o seu cérebro respirando profundamente e se questionando: Eu preciso mesmo disso?
* Por fim, nunca vá as compras antes de se alimentar, afinal a fome pode se tornar sua inimiga, incentivando comportamentos compulsivos.
Como a Família pode ajudar uma pessoa compulsiva:
- A forma de a família ajudar muitas vezes é dizendo não ao comprador;
- Não se tornando refém, ou seja, não pagando as dívidas do comprador;
- Incentivando a pessoa compulsiva a buscar ajuda profissional, quando seus conselhos não forem suficientes.
Controle a sua mente e não deixe os seus pensamentos angustiantes te dominarem. “Lance sobre ele toda vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”. 1Pedro 5.7 Deixe a ansiedade e confie em Deus.
Valquíria Salinas
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