A mãe chega ao meu consultório com sua filhinha de 6 anos de idade. A queixa é de que a menina não dorme bem à noite, tem terror noturno (acorda chorando muito, em gritos), e os pais já não sabem o que fazer para acalmar a menina, pois o comportamento repete-se há uma semana.
Não vou abordar aqui muitas questões culturais e sociológicas do Halloween, como a importação sem sentido lógico de uma tradição que nada tem a ver com as origens do nosso país e da nossa cultura! Vamos nos focar um pouco mais nos aspectos perigosos para a formação psíquica das nossas crianças, e alguns aspectos cristãos.
Dia 31 de Outubro
O dia chave é 31 de outubro, e em muitos países se comemora o Halloween, ou seja, o dia das bruxas. Alguns cristãos se questionam se a tal festa não se trata apenas de uma brincadeira inocente, e porque não deixar os filhos participarem dessa festa, ao mandar seus filhos à escola ou vizinhança? Não se trata apenas de uma festa socializante, perguntaria alguém, onde as crianças se juntam e vão de casa em casa falando: - Doçuras ou travessuras... ganhando assim balas e doces? Alguns pensam que isso é divertido, inocente e até interessante. Mas Cuidado!
Diferentemente de outras religiões, cristãos convertidos não adoram ou exaltam a morte, mas a vida em Cristo Jesus, ressuscitado! Não enviamos filhos a buscarem doações de doces e prendas sem origem definida para nós, e cuja doação anônima (ou não), pode trazer ter por detrás algum trabalho de feitiçaria para filhos e famílias! Não comemoramos morte ou trevas, pois vivemos na Luz! Que comunhão há entre trevas e luz, se Cristo já venceu as trevas e a morte? A filosofia original do Halloween é contrária, oposta à Palavra de Deus, que é nosso manual de fé e conduta! Aliás, Halloween já é uma forma de suavização da intenção, pois em português é: O Dia das Bruxas! Mas que bruxas?
Uma das possíveis Origens
Na idade média, entre os celtas haviam grupos de feiticeiros com seus sacerdotes, druidas, que dominavam o norte da Inglaterra e outros países da Europa. Estes sacerdotes pagãos adoravam e festejavam o deus Sol e aos espíritos. Eles acreditavam que todos os fantasmas, demônios e almas penadas saíam às ruas, no dia 31 de outubro, para assombrar as pessoas, e nesse dia eles comemoravam o inicio da escuridão, ou seja, o início do inverno, com dias mais escuros e nublados. Os sacerdotes iam até as casas dos moradores e pediam carnes e leites, e caso não doassem os moradores seriam amaldiçoados. Praguejavam contra quem não doasse e diziam que uma pessoa da casa iria morrer, e todas as pessoas eram assim aconselhadas a não saírem de suas casas. Quem precisasse sair também era orientando a colocar máscaras de monstros horríveis, para que ao sair as pessoas fossem confundidas com demônios e os espíritos demoníacos não lhes fizesse mal algum. As pessoas seriam poupadas parecendo-se com demônios.
Como o domínio do Império Romano na Inglaterra, a Igreja Católica Romana associou a festa pagã ao calendário cristão da época e criou o dia de todos os santos, em 1º de novembro, e no dia 2 de novembro o dia dos mortos.
Embora a Bíblia não fale de forma específica sobre esta festa, até pela tradição posterior aos escritos bíblicos, ela fala sobre componentes da festa, como: feitiçaria, ocultismo etc.
O Halloween se tornou uma boa data para o comércio, saindo da Europa até os Estados Unidos, e mais recentemente chegou ao Brasil.
Consequências nada Inocentes
Tenho atendido diversas crianças com problemas psíquicos oriundos não apenas do Halloween, mas de filmes, desenhos, fotos e outros estímulos que, ao tentar banalizar e normalizar imagens e práticas ritualísticas fortes para a psique infantil, acabam por gerar pavor do escuro, visões noturnas de figuras horríveis, pesadelos, introversão não natural, medo de sair à noite (até para ir à Igreja) etc. Muitas destas imagens e filmes chegam até a causar trauma em certas crianças, pois ativam na criança um mecanismo de defesa que libera hormônios estressores, aumentando o ritmo cardíaco, e a criança mergulha em seus medos de ser devorada, de perder o controle de si mesma etc. Tudo ativado através da visualização ou de sons vinculados (áudio-visual) inapropriados.
Entenda que as crianças vivem o mundo das fantasias, da criatividade, das ideias, acreditam em contos, personagens fictícios etc. Lembre-se que entre 4 a 6 anos de idade sua mente pode criar até amigos imaginários. O que é normal da psique infantil. Por volta dos 7 anos já querem participar das festas e ao mesmo tempo querem assistir filmes com certo terror, aparentemente adaptados para sua faixa-etária, mas muito perversos para uma mente em formação.
Problemas na fase Adulta
Eu atendo alguns adultos com problemas sérios, oriundos dessa fase infantil, pelo estímulo precoce a personagens horríveis, de aparência maligna, ainda quando eram criança.
Dentre as consequências na fase adulta pode-se observar medo dos mortos, de escuro, de ficar sozinho, de hospital, de sair à noite, de dormir com a luz do quarto apagada, de sons mais fúnebres e densos, de máscaras etc. Acabam sendo paralisadas com comportamento infantilizado, já adultos.
Busque boas Alternativas em Família
O mundo espiritual existe e não podemos abrir brechas. Temos que servir a Deus, único e poderoso. Aproveite o dia do Halloween, por exemplo, para convidar crianças até a sua casa e fale de Jesus a elas, de forma positiva, lúdica e agradável. Cante corinhos! Oriente os seus filhos. Faça algo bem gostoso, quem sabe de comer, com brincadeiras sadias, e agradeça a Deus pelo alimento junto com eles. Crie seus filhos com a convicção plena de que Deus é maravilhoso, é bom, e torne o momento em família ou entre amiguinhos super legal, para que eles sintam segurança e alegria, e não vejam falta por não participarem do Dia das Bruxas escolar ou na vizinhança.
“Ensine a criança no caminho que deve andar; e. ainda quando crescer não se desviará dele”. Provérbios 22.6
“Ficarão de fora cães e os feiticeiros, e os que prostituem e os homicidas e os idolatras e qualquer que ama e comete a mentira”. Apocalipse 22.15
Deus continue a abençoar você e sua linda família! Até a próxima!
Valquíria Salinas
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