Dando continuidade à série de reportagens sobre mulheres que marcaram a história das Assembleias de Deus no Brasil durante esses 113 anos e o Centenário no Rio de Janeiro, ambos celebrado no mês de junho, vamos conhecer outra querida irmã que se destacou ao lado do seu marido.
Falando nisso, é grande o número de mulheres que tiveram presença marcante na história da Assembleia de Deus. Porém, mostraremos algumas que merecem ser ‘lembradas pelo seu belo trabalho desenvolvido, seja dando aulas em Escola Dominical, dirigindo cultos de oração ou evangelizando os não-cristãos ao lado de seus maridos ou pastores.
Sara Sofia Lovisa Berg (Sara Berg)
Igual a Frida Vingren, Sara nasceu na Suécia, em Karlskrona, no dia 05 de agosto de 1896. Ela aceitou a Jesus em 21 de janeiro de 1915. Ela passou a buscar o Espírito Santo e recebeu-O em 06 de abril de 1916. E de início, ela não pensava em se batizar, mas Jesus lhe mostrou essa necessidade e assim ela foi batizada em 21 de junho de 1920.
Desde então, Sara começou a sentir forte desejo de servir ao Senhor como missionária, a princípio, ela pensou que atuaria somente na Suécia, e estudou em um curso na Casa Bíblica Feminina de Elsa Borg, em Vita Bergen. O curso tinha como objetivo capacitar as alunas biblicamente e formar assistentes sociais para cuidar de pessoas doentes e deficientes.
Após concluir o curso, Sara sentiu que não mais seria da Igreja Batista e passou a ser membro da Igreja Livre de Eskilstuna, e, a partir dali ela sentiu no coração que sairia para fora do seu país de origem.
Em 1919, voltando para a Suécia, Daniel Berg conheceu Sara e começaram a namorar. Em 31 de julho de 1920, eles se casaram em Estocolmo. Daniel Berg já havia sido missionário no Brasil durante nove anos. E em 20 de novembro de 1920, o casal viajou para o Brasil junto com outros missionários para pregar o Evangelho, passando primeiro pelos Estados Unidos e depois seguindo para Belém (PA).
Sara e Daniel Berg chegaram em Belém no dia 21 de março de 1921 e, em 1922 eles foram para Vitória (ES) para fundar a igreja na capital e ficaram ali até 1924 quando foram para São Paulo, com mesmo objetivo de fundar a igreja Assembleia de Deus em Santos.
A obra do Senhor cresceu com Daniel e Sara Berg. Ela sempre foi uma auxiliadora ao lado do esposo, atuando na obra social. O casal teve três filhos: Lisbeth, David e Débora. Lisbeth morreu quando tinha 3 anos. “Mamãe não podia ver nenhum necessitado ao seu lado, que logo arrumava uma forma de ajudá-lo. Como esposa de obreiro, era perfeita na organização do tempo. Embora naquela época não fosse permitido à mulher exercer muitas atividades dentro da igreja, mamãe estava sempre trabalhando na obra de Deus. No entanto, nunca nos deixava abandonados. Em casa, ela dava o suporte familiar aos filhos enquanto papai realizava viagens missionárias”, declarou a filha Débora, em uma entrevista à revista Mulher, Lar e Família, publicada pela CPAD em 2001.
Saiba mais sobre a história da irmã Sara Berg, que desempenhou um lindo papel como esposa e ajudadora da obra no início das Assembleias de Deus no nosso país. Sua história está registrada em um capítulo com o nome dela, no livro 100 Mulheres que fizeram a história das Assembleias de Deus no Brasil, do pastor e historiador Isael de Araujo, publicado pela CPAD. No próximo artigo, conheceremos outra mulher que muito influenciou no início das Assembleias de Deus. Aguarde!
Por Luciene Saviolli
Referência: ARAÚJO, Isael. Sara Berg. In: 100 Mulheres que fizeram a história das Assembleias de Deus no Brasil. [S. l.]: CPAD, 2011. cap. Frida Maria Strandberg Vingren, p. 49-50.