Desde os tempos o Novo testamento, que de forma geral cobre o ano zero até o ano cem depois de Cristo, a Igreja evangélica nunca foi tão perseguida a nível global como nos dias de hoje. A cada ano tem aumentado o número de evangélicos com medo de ir à igreja, ou que já não têm uma igreja aonde podem frequentar.
Muitos precisam decidir, ao saírem de casa para cultuar a Deus, se mantêm seus filhos seguros em casa ou se submetem ao risco de serem espancados e até mortos, seja no templo ou nas ruas, ao retornarem para casa.
Em muitos países, há muitos crentes que são vítimas de violência extrema, e que perdem membros da família, residências, empregos, bens e até mesmo a liberdade ou a vida ao pregarem ou defenderem o Evangelho. Há vários grupos extremistas, como o Estado Islâmico, Boko Haram, Al- Qaeda, talibã e Al-Shabaab, que trabalham sem o respaldo oficial do Estado, mas que não conseguem ser detidos por ele: o resultado é um número cada vez maior de crianças e adolescentes cristãos que são sequestrados, abusados, estuprados e mortos!
Em países que perseguem o evangelho, incluindo o que vemos assistindo acontecer, de forma dissimulada, no Brasil, há muitos outros agentes sociais que agem: líderes de grupos étnicos, líderes religiosos não cristãos, líderes eclesiásticos, movimentos radicais, cidadãos comuns formando motins, os próprios familiares, partidos políticos, revolucionários, grupos paramilitares, cartéis ou redes de crime organizado ou organizações multilaterais, e ainda uma mídia completamente dominada por ideologias anti cristãs.
Atualmente, as mais sérias perseguições contra cristãos podem ser divididas em categorias, como: opressão islâmica, nacionalismo religioso relacionado ao hinduísmo, budismo e judaísmo, protecionismo denominacional, antagonismo étnico, opressão comunista e pós-comunista, intolerância secular, paranoia ditatorial, corrupção e até crime organizado. Infelizmente, no Brasil, em uma sociedade que defende cada vez mais conceitos anti bíblicos, com hostilidade à família e que denigre o casamento, a perseguição religiosa contra evangélicos só tende a crescer, e já inclui atitudes hostis, palavras recriminatórias, ataques físicos, verbais e das redes sociais, e ações penais contra os que defendem os valores bíblicos.
É sempre bom lembrar que no Brasil, a Constituição Federal de 1988 assegura a igualdade religiosa no país. O artigo 5º estabelece que “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”. Contudo, este tem sido mais um dos artigos constitucionais que estão sendo desconsiderados no nosso país.
Nós, que criamos filhos e frequentamos uma igreja evangélica, precisamos acordar para a realidade que estamos vivendo. Nossos filhos estão sendo vítimas de ideologias marxistas na escola, e nossos adolescentes e jovens estão sendo induzidos, por professores e militantes, a abandonarem as bases conceituais e doutrinárias do genuíno evangelho. Estamos debaixo de um ataque maligno muito bem orquestrado, que altera as bases educacionais desde a pré escola, e desfaz a solidez de estruturas sociais como a família, a paternidade e a igreja.
Peça a Deus discernimento para perceber o quanto a mídia secular está a serviço do inferno, desconstruindo a veracidade da Bíblia. Hoje, já há médicos e psicólogos que não podem expor a vertente bíblica sobre gênero sexual ou alguns comportamentos pecaminosos. E pouco a pouco muitos pastores estão sendo tolhidos de ler e pregar as verdades bíblicas!
Enquanto observamos e oramos contra o aumento da perseguição religiosa em nosso país, faca a sua parte para proteger sua descendência. Evangelize seus filhos em casa. Acompanhe os livros e as redes sociais de seus adolescentes. Converse com seus jovens. Estruture sua família no afeto e inculque nos seus familiares o discurso bíblico – mesmo que hoje ele seja tratado como politicamente incorreto. A Bíblia será sempre correta, atual, verdadeira, ética e legítima!
Elaine Cruz
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