Meus pais se mudaram para os Estados Unidos no ano de 1984. Na época eu estava com dezenove anos, e cursei parte da minha faculdade em uma universidade de Massachussets. Além de eu me surpreender com a estrutura universitária da época, com computadores e impressoras à disposição para os alunos (muito diferente da Universidade Federal em que eu comecei meu curso do Rio de Janeiro), um fato me chamou a atenção:
os grandes eventos universitários, como reuniões e jogos de basquete ou futebol americano, sempre iniciavam com o hino nacional e uma oração – e não se tratava de uma universidade evangélica!
Hoje, muitos anos depois, a Bíblia deixou de ser lida nas escolas americanas e as orações foram esquecidas. Por conta do politicamente correto e da necessidade de inclusão de múltiplas religiões e posicionamentos, falar de Deus deixou de ser usual!
No Brasil temos assistido, ao longo dos anos, a mesma trajetória. O nome de Deus tem estado cada vez mais ausente dos discursos educacionais e políticos, e nossa sociedade defende cada vez mais os conceitos antibíblicos ditos atuais e modernos. O evangélico não é mais bem-visto, e o Evangelho tem sido continuamente perseguido e denegrido pelas mídias sociais.
Diante disto, repito a pergunta: Onde está Deus? Se ele não é mais bem-vindo nas escolas, nos palanques – e até em algumas igrejas ditas evangélicas, que deformam os preceitos absolutos da Bíblia – onde vamos encontrá-lo?
Sabemos que Deus está onde sempre esteve. Ele está nos céus, ele é Soberano e reina sobre tudo e sobre todos. Quanto mais a sociedade tenta esconder Deus, mais Ele se revela, e onde mais a Igreja é perseguida, mais ela cresce!
No entanto, nossos filhos precisam encontrar o caminho para Deus – e eles não vão encontrar nos filmes, desenhos, séries, livros escolares e nas conversas com amigos e parentes. Nos cabe, portanto, como pais, deixar que Deus reine na nossa casa e seja conhecido pelos nossos filhos!
Me assusta perceber quantos filhos de pastores não conhecem o verdadeiro Deus, a despeito de terem sido criados na igreja. Cada vez mais assistimos, estarrecidos, filhos e netos de expoentes evangélicos (como pastores, cantores e obreiros) que não só se desviam, como desenvolvem discursos que confrontam os mandamentos divinos e afrontam Deus com suas práticas inclusivas, em que todo pecado deve ser aceitável!
Deixe seus filhos e netos amarem o templo, correrem no pátio após o culto, participaram de atividades recreativas com os amigos da igreja. Adolescentes e jovens gostam de teatro, de debates, de músicas barulhentas e de muita agitação – e devem ter espaço para todo tipo de interação social na Casa do Senhor.
Contudo, não dá para esperar que a escola, os professores de EBD, ou os pastores e líderes de jovens e adolescentes façam o papel que cabe aos pais: educar os filhos nos preceitos, conceitos e práticas bíblicas. Nossos filhos e netos precisam conhecer Deus dentro de casa, onde o Espírito Santo tenha liberdade de tratar suas mentes e emoções, através de culto domésticos, orações e jejuns em família. Eles precisam conviver com a praticidade do Evangelho no cotidiano, com o jugo leve oferecido por Jesus associado com a seriedade dos absolutos doutrinários.
Traga a leveza e a alegria de Deus para sua mesa de almoço ou sua sala de estar. Convide a Palavra para as conversas nos quartos dos seus filhos. Seja exemplo constante do quanto você ama Deus, sua casa e seus irmãos em Cristo – que passarão a ser irmãos dos seus filhos também!
Que seus filhos encontrem Deus no seu olhar carinhoso, na sua admoestação justa, nos seus abraços demorados, nas suas canções alegres e na sua cuidadosa intercessão por eles. Quanto mais eles amarem e se espelharem em você, que vive Deus, mais fácil eles vão saber Onde Deus está!
Elaine Cruz
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