Desde nova eu aprendi a estudar e memorizar o retrato da mulher sábia exposto em Provérbios 31.10-31. O texto bíblico relata uma mulher tão excepcional, muito difícil de ser copiada na íntegra, mas eu sigo tentando…
A mulher sábia, ou virtuosa (cheia de virtudes), é confiável, faz bem à sua casa e ao seu marido, trabalha de boa vontade e ainda viaja a trabalho, se preciso for, de longe trazendo o pão para a sua casa. Ela ajuda os necessitados, cuida da sua casa e dos seus filhos, aquecendo a vida deles com afeto, e se veste de forma elegante. Ele é honrada na sua cidade, elogiada pelo seu marido e pelos seus filhos!
Mas o que eu gostaria de ressaltar é, já naquela época, a atenção que esta mulher dá ao trabalho: Levanta-se, mesmo à noite, para dar de comer aos da casa, e distribuir a tarefa das servas. Examina uma propriedade e adquire-a; planta uma vinha com o fruto de suas mãos. Cinge os seus lombos de força, e fortalece os seus braços. Vê que é boa a sua mercadoria; e a sua lâmpada não se apaga de noite. Estende as suas mãos ao fuso, e suas mãos pegam na roca. Está atenta ao andamento da casa, e não come o pão da preguiça. (Pv 31.15-18,27).
Esta mulher, mesmo tendo empregados, administra as tarefas dos seus servos. Ela se preocupa com a boa alimentação da família e com o andamento da sua casa. E ainda tem tempo para fortalecer os seus braços, o que hoje seria fazer algum tipo de exercício físico, como a musculação.
O texto ainda evidencia o quanto ela era preocupada com a economia e o bom uso das suas aquisições. Antes de fazer qualquer negociação, fosse para comprar um terreno ou uma peça de roupa, ela examina a mercadoria – ela não compra por impulso, sem saber se vai poder pagar a conta quando o cartão chegar. Ela negocia, pensa bem sobre os seus gastos. E depois que compra a propriedade, faz valer o seu gasto, pois trabalha com suas próprias mãos na plantação da vinha, visando obter o lucro devido pelo seu investimento e seu trabalho!
Além disso, a Bíblia diz que ela prova e vê que é boa sua mercadoria. É como se ela se perguntasse: Eu realmente preciso disso? A mercadoria vale o preço solicitado? A peça tem qualidade, ou vai se desmontar ou descosturar na primeira lavada? Esta aquisição vai trazer mais unidade ao convívio da minha família? Eu vou poder comprar. e ainda manter um valor na poupança, ou vou gastar todas as minhas economias em uma mercadoria que não é relevante?
Aprendamos com esta mulher. Vamos examinar melhor nossos gastos, avaliar bem as nossas prioridades, gastar menos do que ganhamos, e nos esforçar em nosso trabalho cotidiano, para que na nossa vida se cumpra o último versículo: Dai-lhe do fruto das suas mãos, e deixe o seu próprio trabalho louvá-la nas portas.
Elaine Cruz
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