Conversar é algo maravilhoso!
Conversamos para trocar informações com outras pessoas, que podem nos ajudar a organizar nossas tarefas, adquirindo ferramentas úteis para fazermos melhor algo que outras pessoas já fazem. Através de conversas informais com pais, avós, primos, irmãos em Cristo e amigos, vamos apreendendo valores, construindo conceitos e imitando ações, que vão balizar nossas atitudes e racionalizações na vida adulta.
Conversamos no processo ensino-aprendizagem, enquanto ensinamos nossos filhos e alunos a assimilarem conhecimentos adquiridos pelas gerações anteriores. Tendo a Bíblia como fundamento para alinhar e peneirar nossas aquisições cognitivas, nossas aprendizagens são sempre ampliações de conteúdos organizamos por teóricos, técnicos e pensadores que viveram antes de nós. Afinal, só Deus é sabedoria – todos os saberes humanos são adquiridos a partir do que Deus nos permite conhecer – e, infelizmente, alguns ainda distorcem a lógica e beleza do saber divino, que faz e forma tudo do nada!
Conversamos para comunicar aos outros as nossas inquietações, partilhando nossos medos, preocupações e expectativas. Como psicóloga, sei o quanto a conversa terapêutica é útil para que o paciente possa se sentir ouvido e tratado, considerado a partir das ansiedades e planos que pretende comunicar. E tornando comum nossas metas de vida e/ou inquietações, construímos a sensação de que temos parceria nas questões delicadas da vida profissional e/ou pessoal.
Também conversamos quando precisamos expressar nossos sentimentos. Afinal, nossos afetos nem sempre são claros: todos temos mecanismos de defesa que nos levam a negar sentimentos que são óbvios, a reagir emocionalmente de forma impulsiva, ou a guardar nossos sentimentos com medo de sermos rejeitados ou magoados. E são em momentos de conversas com nossos melhores amigos, que podem ser filhos, pais e cônjuges, que identificamos os cômodos trancados da nossa alma que precisam ser arejados e limpos.
Conversamos com pessoas divertidas para rirmos um pouco. Conversamos com pessoas mais velhas para pedir conselhos. Conversamos com pessoas da nossa faixa etária para trocarmos experiências e nos sentirmos experientes. Conversamos com jovens para nos lembrarmos de como éramos. Conversamos com pais e irmãos, que partilharam fatos da nossa história de vida que não devemos lembrar e/ou esquecer. E conversamos com pastores e mestres, que nos direcionam aos princípios bíblicos que devem orientar nossos passos, nossas escolhas de vida, nossas emoções e, principalmente, nossas conversas!
Contudo, sem dúvida, nossas melhores conversas são com Deus. Quando oramos, conversamos com o único que nos conhece desde antes de nascemos. Conversamos com quem nos conhece mais do que nós mesmos nos conhecemos. Conversamos com o único que conhece nossos caminhos futuros, que tem as chaves das portas que ainda deverão ser abertas na nossa vida, e com quem tem a soma de todos os nossos dias.
Converse. Mas converse essencialmente e profundamente com Deus!
Elaine Cruz
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