Eu fui criada por pais que me estimulavam a pensar muito bem antes de falar ou de agir. Minha mãe sempre me dizia que era melhor fazer a coisa certa, do que agir de forma impulsiva e depois ter que ficar pedindo desculpas pelos erros cometidos.
Ao longo dos anos, sempre agradeci a Deus por este ensino, e ensinei o mesmo aos meus filhos, pois é bíblico: O homem sensato sempre pensa antes de agir, mas o tolo anuncia a sua ignorância.(Provérbios 13:16); O homem sábio pensa antes de falar; por isso o que ele diz convence mais. (Provérbios 16:23); O justo pensa bem antes de responder, mas a boca dos ímpios jorra o mal.(Provérbios 15:28).
Até hoje, não gosto quando erro e tenho que pedir desculpas – isto significa que não fui sábia, não pensei direito antes de falar ou agir! Quando isto acontece, fico triste comigo mesmo, como se um sentimento de remorso ou frustração me atingisse. Como Paulo, penso na minha frágil humanidade, na luta constante da carne contra o Espírito, que nos leva a fazer o que não queríamos: Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo. Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer esse eu continuo fazendo. (Romanos 8.18,19).
Contudo, por mais que tenha sido ensinada acertadamente, e que conheça os versículos e ferramentas bíblicas para não errar, sou humana, já passei dos sessenta anos, e tive que pedir desculpas inúmeras vezes!
Admitir erros, reconhecendo que falhamos ou pecamos, não é uma atitude fácil de ser tomada. Requer conscientização, maturidade, repensar as escolhas errôneas, fazer uma análise criteriosa, e uma boa dose de humildade.
Pessoas orgulhosas e prepotentes, têm dificuldade em admitir erros. Elas sempre tem dedos acusadores, explicações enormes para o que fizeram de errado, e geralmente culpam os outros pelos seus tropeços.
É claro que precisamos sempre buscar a justiça e correção em nossos atos, mas é importante que haja em nós a capacidade de admitir que não somos perfeitos. Mesmo buscando a perfeição, nós eventualmente falhamos!
E, quando isto acontece, precisamos abrir mão das nossas razões, das nossas desculpas, das nossas vergonhas, e simplesmente pedir perdão, ou desculpas, seja aos outros e/ou a Deus!
A Bíblia já afirma: Porque eu confessarei a minha iniquidade; afligir-me-ei por causa do meu pecado. (Salmo 38.18). Portanto, que haja sempre em nós um coração contrito, uma mente preocupada em se manter pura, pronta para se desculpar, alcançando o favor dos outros e, especialmente, de Deus.
Elaine Cruz
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