A paz do Senhor a todas. Sou Débora Costa da Conceição Scherrer da Silva, tenho 39 anos e sou casada com Eliandro Scherrer da Silva e somos pais do Matheus, Maycon, Camilly, Moisés e do Daniel (este é falecido). Eu e meu esposo somos líderes de casais e família na igreja em que congregamos, Ministério Apostólico Palavra de Paz, em Brasília. Vou compartilhar um de meus testemunhos.
Quando eu ainda morava no Rio de Janeiro, em 2019, meu filho Matheus pediu para eu o acompanhar até a delegacia porque ele tinha perdido a identidade e precisava se apresentar no quartel. Coloquei as crianças na escola e fui com ele. Chegando lá, pedi à delegada que me ajudasse, pois ele precisaria da identidade para se apresentar. Ela falou: “Vai lá, faz o boletim na internet aqui ao lado e volta”. Assim fizemos.
Ao voltarmos, ela carimbou e assinou o papel. Neste momento, comecei a passar mal, senti como se algo estivesse anestesiando a minha cabeça, algo muito estranho. Percebi que algo grave estava acontecendo comigo e tentei falar o nome do meu filho, mas não conseguia, pois minha língua enrolou. Sentia vontade de ir ao banheiro, mas, quando olhei, já estava toda molhada. Meu braço esquerdo e minha perna paralisaram. Ali, eu estava tendo um AVC – Acidente Vascular Cerebral.
Naquela época, eu era líder de adultos. O Senhor havia me dado o tema “A Aliança Com Deus” e pude provar esse tema literalmente em mim, pois Ele honrou a aliança comigo. Na delegacia, ninguém me socorreu, disseram que existe uma lei que proíbe isso. Fiquei ali, passando mal, com meu filho Matheus, que ficou muito assustado ao me ver com a boca torta e o braço e a perna paralisados. Ele chamou o SAMU, mas nada de chegar.
Um pastor, que estava entregando currículos em Campo Grande, pois estava desempregado, havia pedido a Deus 5 reais para voltar para casa, pois já estava desde cedo andando. Ele disse que Deus falou para ele ir até a porta da delegacia. Sendo obediente, ele foi. Quando chegou lá, meu filho Matheus pediu o celular dele para avisar meu esposo. Deus mandou esse pastor falar com ele que era habilitado. Meu filho disse: “Então, socorre minha mãe que está passando mal lá dentro”. E os dois me colocaram no carro e me levaram ao hospital.
Enquanto eu esperava atendimento, meu filho deu o dinheiro ao pastor e ele só aceitou porque lembrou que precisava para voltar para casa dele. Meu esposo chegou ao hospital, mas lá não havia tomografia, assim segui com ele para outro hospital. Lá, fiz uma tomografia, e o neurocirurgião disse que eu havia tido um AVC hemorrágico no lado direito da cabeça, paralisando todo meu lado esquerdo. Fiquei internada uma semana na sala vermelha.
Aquele cenário roubou minha fé. Vi muita gente morrer: conversavam um dia, amanheciam mortos no outro. Tive a certeza de que o ser humano só tem valor para Deus, pois as pessoas morriam e não eram reanimadas. Os técnicos só avisavam de longe os médicos, que apenas anotavam o nome no sistema. Minha pressão não baixava, era 26/15 constantemente. Tomava Nipride na veia, o que causava hemorragia, mas não ajudava. Não conseguia dormir, com medo de morrer, pois as pessoas dormiam e não acordavam. Até que pensei: “Se vou morrer, vou morrer pregando”. Comecei a pregar e contar meus testemunhos. Quando entendi por que estava ali, um enfermeiro disse que eu iria para o “SPA”. Fui levada à enfermaria — realmente parecia um spa, com apenas três pacientes e banheiro. Continuei pregando e orando. De repente, o médico veio e me deu alta.
Quando não fazemos o que Deus quer, seja pregar, orar pelos outros, Ele cria uma situação. No meu caso, foi um AVC. Em casa, peguei o número de telefone do pastor que me socorreu e o convidei para um congresso no qual eu ainda era líder. Mesmo ainda torta, fui agradecer a Deus. O pastor contou meu testemunho e a mãe dele, que era macumbeira, se converteu.
Fiquei muito feliz. Continuei firme na obra do Senhor. Nunca fiz fisioterapia, meus movimentos voltaram sozinhos, minha boca desentortou. Tudo para a honra e glória de Deus. Os médicos ficaram impressionados: havia 9 pacientes no CTI com o mesmo AVC que eu e todos estavam em coma. Eu só estava torta. Hoje nem torta estou mais: sou um milagre vivo.
Agora dou palestras para mulheres, pois esse AVC aconteceu porque eu cuidava de todos e esquecia de mim. Precisamos cuidar primeiro de nós — emocional, física e espiritualmente — senão o corpo sofre. Eu poderia não ter voltado. Hoje eu incentivo as mulheres a se cuidarem e conto esse testemunho pra glória de Deus!
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*A CPAD não se compromete na publicação de todos os testemunhos. O mesmo será avaliado pela equipe responsável pelo site Mulher Cristã. A veracidade das informações é de inteira responsabilidade de seu autor.
