Série: Outubro Rosa
A paz do Senhor abençoadas! Meu nome é Rosana Duarte, tenho hoje 44 anos. Há 12, encontrei um pequeno nódulo próximo a minha axila direita fazendo o autoexame. A ficha ainda não tinha caído, pois não acreditava que o raio fosse cair no mesmo lugar duas vezes. Isso porque quando eu tinha 12 anos tive Linfoma de Hodgkin (tipo de câncer que se origina no sistema linfático). Logo pensei na Radioterapia e Quimioterapia de novo, pensei nos cabelos caindo e eu careca. Corri para o INCA 1, que se localiza na Cruz Vermelha (RJ), onde me tratei quando era adolescente. Lá fui encaminhada para o INCA 3 em Vila Isabel (RJ).
Ao chegar, fiquei apavorada, porque ao lado deste hospital fica o INCA 4, onde trata de pessoas em estado terminal que não tem cura. No INCA 3 fiz exames e biópsia. O que eu mais temia aconteceu, a minha mama direita estava pesando 1.270kg com vários tumores e o resultado ‘caiu como uma bomba!’ “Vai ser necessário tirar toda a mama direita mais o esvaziamento da axila (mastectomia radical)”, ouvi dos médicos.
A mama esquerda estava ótima, mas a direita com câncer maligno. A mastectomia radical deixa o braço sem defesa, não podendo fazer esforço, pegar peso, fazer unha com alicate, nem ser mordida por inseto, nem pegar sol no braço. Por causa disso, hoje eu vivo com protetor solar durante o dia e repelente a noite, para meu braço não doer ou inchar.
Foi preciso a colocação de um cateter interno na jugular para fazer a quimioterapia, porque não tinha veia, devido as primeiras sessões de quimio que eu fiz quando era adolescente.
Meu namorado na época (hoje meu marido) ficou do meu lado o tempo todo, cuidou de mim operada com dreno. Eu fiquei com muita vergonha diante dele. Pensava em muitas coisas, como: sumir, se matar, mas ao mesmo tempo eu lembrava que eu tinha uma filha (na época com 8 anos) dependendo de mim para tudo, pois sempre fui mãe e pai.
Foram 20 seções de quimioterapia. Fiquei careca. Foi desesperador. E o namorado o tempo todo comigo. Eu falava: “Vai viver a sua vida, eu não sou mais uma mulher completa. Não tenho seio, estou careca, não sirvo pra nada. Mas ele dizia: — Eu não te largo nunca!” Depois de um ano e meio, após as sessões e fazendo o uso do remédio Tamoxifeno (é um tratamento de hormonioterapia), comecei a ter hemorragia vaginal pensei que fosse normal, mas começou a piorar, depois veio um sangramento na boca, depois junto com as fezes e muitas dores. Comentei com a minha mãe: “Agora eu vou morrer!”
Fui internada no INCA 3 muito mau e meu quadro piorou depois de 5 dias internada. Os rins não funcionavam como antes e estava com trombose pulmonar. Entrei em colapso! Estava tão mal, perdendo muito sangue e com corpo cheio de aparelhos. Eu não falava nem me mexia.
Foi então que minha mãe, diaconisa da Casa do Senhor, que hoje dorme com Jesus, veio me visitar. Ela era da Igreja Assembleia de Deus de Vila Americana em Queimados (RJ). Ela sentou ao meu lado e ficou calada até o término da visita. Ao sair, deixou uma carta da minha filha com muitas florzinhas. Lembrei-me do que ela falava, se eu não voltasse para Jesus no amor, voltaria pela dor.
Após a visita, a enfermeira me perguntou se eu queria que lesse a cartinha pra mim, eu fiz um sinal com o dedo. Ela começou a ler e uma frase me tocou profundamente: “Mamãe eu te amo, estou te esperando, vai passando pela prova dando glória a Deus.” Comecei a chorar. A enfermeira parou de ler porque meus batimentos aumentaram. Naquele momento, mentalmente comecei a conversar com Deus. Falando que Ele era o Deus da minha mãe, que ela acreditava nele e que eu naquele exato instante também acreditava, e se ele me tirasse daquele lugar, eu iria levantar as duas mãos para Ele e iria contar minha história por onde fosse e o seguiria até o último dia da minha vida.
Assim eu peguei no sono e acordei no outro dia. Foi rápido! Acordei falando, sem hemorragia, já levantando, tirando os fios que estavam colados no meu corpo, querendo tomar banho e comer comida!
A sala de repente se encheu de enfermeiros e médicos, e eu só falava quero tomar banho! O médico dizia: Não pode. Eu falando que ia andando. Dois dias depois tive alta!
Não fiz a reconstrução da mama por opção minha. Estou feliz assim. Uso uma prótese de silicone. Aceitei a Jesus na Consagração que minha mãe dirigia e, desde então, sou membro da mesma igreja que ela era.
Hoje estou curada, casada com aquele namorado que disse que nunca ia me largar e vendo minha filha fazer faculdade. Sirvo ao Senhor como regente de louvor e me dedico inteiramente à obra dEle. Amo a minha vida mais hoje do que há 12 anos, afinal eu estou viva!
E finalizo dizendo a todas abençoadas: Vamos nos cuidar mulheres. O autoexame salva vidas!
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“Para que todos vejam e saibam e considerem e juntamente entendam que a mão do Senhor fez isso” (Is 41. 20).
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