A paz do Senhor irmãs. Sou Rosa Virgínia Barros Ximenes, 58 anos, membro da Igreja Assembleia de Deus Templo Central em Fortaleza (CE) e estou aqui para compartilhar minha experiência do cuidado de Deus.
Em setembro de 1996, tive um momento de grande tribulação na minha casa, chorei bastante e fui caminhando para o meu trabalho. No meio do caminho, ouvi: “Me louve pelo seu rim está funcionando”. E comecei a louvar a Deus. Senti o Senhor bem pertinho de mim e não contive as lágrimas. No trabalho, uma colega me perguntou por que eu tinha chorado, respondi: encontrei um Amigo no caminho e fiquei emocionada com o que Ele falara comigo.
Em outubro, me senti mal durante uma aula que eu estava ministrando na classe dos novos convertidos. Fui ao clínico geral, fiz exames não deu nada alterado. Em novembro, engravidei. Em fevereiro de 1997, fiz uma ultrassom com 3 meses de gestação, tudo normal com o bebê.
No dia 26 de maio de 1997 fiz a segunda ultra, para saber o sexo do bebê, pois já tinha uma filha, Débora, com nove anos. Depois de tanta insistência da doutora, vimos que era um menino e meu coração pulou de alegria. Mas notei o semblante da doutora diferente, mesmo estando tudo bem com o bebê, pensei que algo poderia ainda estar errado. Quando fui receber o resultado da ultra, vi que tinha uma observação: tumor renal.
Não compartilhei com ninguém, só com o Senhor pelas madrugadas quando todo mundo dormia, eu orava, chorava, lia Salmos e conversava com Deus. Pedia muito ao Senhor para que Ele não me levasse, pois queria cuidar dos meus filhos. Eu perdi minha mãe quando eu tinha dois anos de idade, e mesmo tendo uma avó super amorosa, senti muito ficar sem mãe e pai. Daí, comecei a me apegar na Palavra de Deus.
Continuei minha vida normal fazendo todas as minhas atividades. Em julho, comentei com uma amiga que é médica, que me aconselhou a voltar ao urologista para pedir novo exame dos rins. Na mesma época compartilhei com uma amiga e irmã, Socorro de Maria que conclamou as mulheres de todo o campo para intercederem por mim.
O médico solicitou nova ultra e que eu fizesse em outra clínica, assim eu fiz. No dia 18 de julho de 1997, quando terminei o exame, o clínico me disse: Agradeça a Deus e a seu filho, assim que o bebê nascer tire o rim. Comecei a orar mais e pedir a Deus que fizesse a sua vontade. (I Pedro 5:7)
No dia 18 de Agosto nasceu um lindo menino de 4,160kg e 55cm, parto cesariana. Um parto muito difícil, onde uma amiga que é médica acompanhava o meu parto, testemunhou da dificuldade que ele teve de nascer. Por ocasião, o bebê sofreu fratura de fêmur, teve APGAR2, cinco minutos depois, APGAR 8. Mas pra glória de Deus nascia Victor Estevão, perfeito para glória de Deus.
Com 10 dias após o nascimento, comecei a nova etapa, fui ao Oncologista e ele confirmou o diagnóstico de um hipernefroma no meu rim direito (tumor). Era tão grande que ele conseguia apalpar sem nenhuma dificuldade. Comecei bateria de exames. No dia 17 de setembro, amamentando um bebê com 29 dias de nascido, fui me hospedar na casa da irmã Socorro de Maria. Pois no outro dia, pela manhã, eu teria que me submeter a uma nefrectomia total direita (cirurgia para retirada do rim). Mesmo estando de resguardo, eu me ajoelhei e pedi oração aos irmãos que ali estavam. Uma irmã foi usada por Deus e disse: “Vai que essa enfermidade não é para morte, mas para minha Glória. Aleluia!”
E assim, o Senhor cumpriu. Realizei a cirurgia no dia 18 de setembro e dois dias depois estava de alta hospitalar e no dia 21 voltei a amamentar o meu filho. Não precisei de nenhum tratamento adicional.
Não posso deixar de compartilhar que após saber do diagnóstico e da gravidade do mesmo, todos os dias eu dizia para minha alma o que está escrito no Salmo 30:5. Assim na primeira noite pós cirurgia, eu olhei para a janela do hospital e vi um dia lindo e ensolarado, Daí fiz sinal para a irmã que me acompanhava para saber das horas. Ela respondeu “são 2:30 da manhã”, olhei novamente para a janela e vi que era noite. Daí entendi o recado amoroso de Deus: “a noite acabou, amanheceu.” Aleluia! Ele é fiel!
Hoje, após 22 anos e alguns meses, posso dizer que o Senhor sabe o que estás fazendo. Ele nunca erra! Um abraço fraterno em Cristo Jesus. Maranata!