A paz do Senhor, amados irmãos. Meu nome é Maristela Nogueira dos Santos Martins, tenho 64 anos, sou casada com o pastor Dirceu Martins, pastor presidente da Assembleia de Deus Ministério Cristo é Vida em Parque Shangri-lá, Belford Roxo. Milito no Evangelho do Senhor desde o meu nascimento, sou neta de um pastor e filha da Missionária Célia Nogueira, (in memoriam).
No final de março deste ano comecei a apresentar sintomas do Covid-19. No dia 24 de março fui ao Hospital Universitário Clementino Fraga Filho/UFRJ, onde foi constatada uma gripe e fui orientada que se sentisse febre acima de 37.8 e falta de ar, deveria voltar ao hospital. Voltei no dia 29, pois estava com febre, falta de ar e sentia o coração acelerado. Fui submetida a uma tomografia, que apresentou pulmão com opacidade nodulares, periféricas, em vidro fosco, já tinha sido comprometido (25%).
Fiquei internada no CTI COVID e no 5º andar posto D COVID (Este local foi criado só para o isolamento desta doença, uma internação semi-intensiva). Preciso registrar que fui muito bem atendida por todos os profissionais de saúde que cuidaram de mim com todo carinho e profissionalismo. Eu precisava de suporte de oxigênio e começaram a introdução de medicações para dor, febre e antibióticos (Oseltamivir e ampicilina mais azitromicina) para infecção nos pulmões e fazendo heparinização para evitar trombose.
No dia 30 realizei o exame de swab (que é uma haste, tipo cotonete, que é introduzido no fundo das narinas e na garganta para colher material para o exame) e o resultado foi liberado no dia 02/04 sendo positivo para Covid-19.
Mesmo com tantos cuidados, a febre não cedia e a falta de ar aumentava. Teve um dia que a febre chegou a 40 graus, mesmo estando medicado com os antibióticos há cinco dias. Fiz outro exame de sangue e comprovou que a bactéria, que estava nos meus pulmões, era resistente aos antibióticos administrados e por esse motivo a febre não cedia. Meu quadro piorou, minhas veias são de difícil acesso e começaram a estourar; para colher gasometria, que é numa artéria, sofria muito, meus braços ficaram com várias inchações que pareciam fístulas de hemodiálise. No dia 06 foi puncionada veia profunda em minha perna direita. Esse procedimento foi feito à tarde, acordei na manhã seguinte no CTI passando mal e a perna pesada e muito inchada e roxa. Retiraram o cateter da perna e puncionaram no meu pescoço. Até hoje estou em tratamento para esta trombose.
Foram dias de muitas dores, muita falta de ar e luta para viver! Foram 27 dias em isolamento total entre CTI e isolamento COVID no quinto andar do hospital. Uma solidão muito grande! Quando a tristeza vinha me assolar eu cantava. O hino que mais cantava era o 262 da Harpa Cristã, que minha saudosa mãe cantava muito em momentos de grandes dores e lutas. Ouvia hinos, orações e mensagens que me eram enviadas. Houve momentos que sentia ausência, parecia que não estava ali no leito, a falta de ar e a taquicardia aumentavam. Fui de novo para o CTI para ser entubada. Este procedimento se deu por duas vezes e Deus me livrou do tubo. O médico aumentou o oxigênio, administrou medicamentos e fez manobras e eu não fui entubada. Graças a Deus!
Na noite anterior do dia 06/04 quando voltei para o CTI tive uma luta espiritual muito grande com a morte. Neste dia, sem saber uns dos outros, várias igrejas, familiares e grupos de oração e meu esposo fizeram jejum e vigílias ao meu favor. O inimigo não gostou e se apresentou na enfermaria e a luta foi muito grande. Ele tentava me pegar pelo pescoço, eu escapulia clamando o Sangue de Jesus e ele me pegava pelos cabelos. Quando foi lá pelas quatro da manhã dei uma melhorada e liguei para minha irmã Inaura, que é pastora em Salvador (BA) e ela disse que Deus tinha me livrado da morte naquela noite.
No dia 22/04 veio o resultado do segundo exame colhido para SARS-COVID-2 e deu que eu estava negativa para Covid e eu ia sair do isolamento. Dei a notícia com a maior alegria para todos e minha irmã Inaura disse que eu estava sozinha ali naquele isolamento e eu não ia sair naquele momento do isolamento, pois viriam duas mulheres para o isolamento que precisavam que eu falasse de Jesus para elas, e respondi que só poderia vir mais uma, pois, não podia ficar mais de duas pacientes. Tendo só três leitos, tinha que ter um leito vazio entre os pacientes e ela disse: “Deus me mostrou duas mulheres aí no quarto com você e é para você falar de Jesus para elas.” E neste mesmo dia chegou uma paciente por volta de meio dia e a outra por volta das 22h. Tive oportunidade por dois dias de falar das maravilhas de Deus para elas, conforme Deus tinha revelado a minha irmã e no dia 24/04 tive alta.
Agradeço a Deus que ouviu a oração dos meus familiares, irmãos em Cristo, amigos que em vigílias, cada um em seu estado e em casa, oraram por mim e eu recebi o livramento na luta espiritual. Deus me livrou da sepultura e hoje estou aqui para testemunhar deste milagre que Deus operou em minha vida! Deus luta as nossas batalhas.
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“Para que todos vejam e saibam e considerem e juntamente entendam que a mão do Senhor fez isso” (Is 41. 20).
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