Série Mês das Crianças
A paz do Senhor! Meu nome é Verônica de Oliveira Araujo da Silva, tenho 41 anos, sou casada com Carlos Silva e mãe de dois meninos: Miguel de 13 anos e Antônio Felipe de 1. Somos membros da Igreja Evangélica Assembleia de Deus do Parque Anchieta, no Rio de Janeiro.
Aos 18 anos descobri que tinha SOP (Síndrome dos Ovários Policísticos). Nessa época, o médico me explicou que eu teria dificuldade de engravidar e talvez eu deveria passar até por algum tratamento. Honestamente, isso nunca me preocupou, pois coloquei nas mãos de Deus. Passados alguns anos, me casei. Cheguei a comentar com o meu esposo a respeito desse diagnóstico médico de anos anteriores, mas não dei muita importância.
Perdi a minha mãe quando eu tinha um ano de casada e pelo fato de ela ter falecido muito nova, aos 53 anos de idade, essa perda me abalou e provocou em mim um desejo de ser mãe. Eu estava com 27 anos e o sonho da maternidade começou a ser muito forte em mim. Naquele momento, decidi que não devia esperar muito tempo para ser mãe e parei com o anticoncepcional. Após 4 meses sem o medicamento, já preocupada por ainda não ter engravidado, Deus nos abençoou e eu engravidei. Louvado seja o Senhor.
Durante a minha primeira gestação eu acabei engordando muito e, consequentemente, desenvolvi pré-eclâmpsia, com muito inchaço e pressão alta. Na época, a médica decidiu por antecipar o parto em algumas semanas e, graças a Deus o meu filho nasceu de parto cesáreo no dia 03 de janeiro de 2011, meu primogênito Miguel. Após o parto, eu não perdi os quilos que ganhei durante a gestação, pelo contrário, adquiri mais peso, me tornando uma pessoa com obesidade grau 4.
Tempos depois, um médico disse que eu poderia ter morrido naquela época porque como engordei muito, meu corpo tinha virado uma “bomba relógio” que poderia explodir a qualquer momento. Por esse motivo, ele me orientou sobre os riscos de engravidar sendo obesa e eu tinha consciência de que não poderia engravidar novamente enquanto estivesse nesse quadro de obesidade.
Os anos foram passando, eu vivia no efeito sanfona, emagrecendo e engordando muito. Mas eu tinha o desejo de ter mais um filho. Depois de muitas tentativas para emagrecer e tentativas de engravidar novamente, sem sucesso, aos 38 anos optei por me submeter a uma cirurgia de redução de estômago com o objetivo de perder peso para engravidar antes dos 40.
Quando fiz 39 anos, passei pela cirurgia. Um ano depois, quando estava com 40 recebi a autorização do cirurgião bariátrico para tentar engravidar. Então, após perder quase 50 quilos, decidi retirar o DIU e tentar engravidar. Para a minha surpresa, e também para os médicos, naquele mesmo mês eu engravidei. Louvado seja Deus!
A gestação transcorreu de forma muito tranquila. Por eu ser uma gestante pós-bariátrica fazia dois acompanhamentos: um no SUS e outro na rede privada. Não tive nenhum tipo de intercorrência, alteração de pressão, todas as taxas estavam normais. Eu costumava dizer que nem parecia que estava grávida. Nem inchaço eu tive!
No final da gestação, por precaução e orientação médica eu passei a não dirigir mais para longe, por isso o meu esposo me acompanhou nas duas últimas consultas que eu tive na Maternidade Escola da UFRJ, em Laranjeiras (RJ). Quando estava com 37 semanas, a obstetra da Maternidade decidiu agendar o meu parto (cesariana) para a semana seguinte, para o dia em que eu completaria 38 semanas de gestação porque eu comecei a ter algumas oscilações na glicemia, sob suspeita de estar com diabetes gestacional. Concordei e, nesse dia, decidi que o meu parto seria naquela Maternidade Escola e não na rede particular.
Eu nunca desejei ter meu filho de parto normal. Quem me conhece sabe que eu não era defensora desse tipo de parto. Como a minha cesariana estava agendada, isso me deixou muito tranquila em relação ao parto. Mas Deus conhece todas as coisas e sabe o que é melhor para nós. Na minha última consulta na maternidade, fui orientada a me internar dois dias antes do parto para acompanhamento médico e controle da glicemia e fui para casa com a recomendação de me dirigir para a maternidade, caso eu sentisse qualquer coisa. Trabalhei até a sexta-feira anterior ao parto. No sábado, no final do dia, eu passei a sentir uma dor embaixo da barriga, mas acreditei ser o peso da criança, pois meu filho era um bebê GIG.
Naquela madrugada, acordei com dores em toda a barriga. Nesse momento, o meu esposo decidiu que deveríamos nos dirigir para a maternidade. Quando chegamos lá, a médica de plantão disse que eu estava sentindo contrações de treinamento, e que meu bebê não estava pronto ainda para nascer, já que eu ainda não tinha 38 semanas completas e, por isso, o parto cesáreo não poderia ser realizado ainda. Fiquei internada no domingo, aguardando o parto que ocorreria na quarta-feira. Naquela noite, na maternidade, senti muitas dores. Os médicos vinham a todo instante me avaliar e diziam a mesma coisa: que eu deveria aguardar o dia marcado. Na madrugada do outro dia, um dia antes do programado, comecei a entrar em trabalho de parto. Para mim era tudo novidade, pois na gestação anterior eu não tinha passado por isso e eu tive muito medo de perder o meu filho. Eu sabia que as irmãs do Círculo de Oração da igreja estavam orando por mim e pelo meu filho, bem como a minha família, e isso me trazia calma.
Quando amanheceu eu estava com 6cm de dilatação. A médica veio me ver e levar para o centro cirúrgico. Naquele momento ela me propôs a possibilidade de ter o parto normal, já que eu estava bem e a dilatação já tinha passado da metade do caminho. Concordei com ela e fui para a sala de parto. Meu filho, Antônio Felipe, nasceu por volta de 16h30 com quase 4 kg e 51 cm. Correu tudo bem, graças a Deus. Foi a experiência mais marcante que eu já tive. Eu e meu esposo estávamos felizes com o nosso filho nos braços, fazendo fotos, enviando para os familiares e amigos, compartilhando aquele momento tão especial para nós. O que eu não sabia era que o pior estava por vir.
Já tinha passado duas horas do parto e eu não parava de sangrar. Eu estava com uma hemorragia considerável e os médicos estavam me monitorando, sem me alarmarem. Fizeram um protocolo médico para estancar a hemorragia com medicamentos e não adiantou. Até que uma médica anestesista chega para mim dizendo que eu passaria por uma cirurgia de emergência, pois eu poderia ter sofrido um rompimento uterino durante o esforço do parto normal, mas a médica responsável pela cirurgia só poderia me dar certeza, depois que me examinasse no centro cirúrgico. Eu também precisaria tomar uma dose de anestesia raqui na parte superior da coluna e podia perder o útero, além de possivelmente tomar bolsa de sangue.
Naquele momento eu gelei. Como assim eu passaria por uma cesariana depois de ter tido um parto normal? Se justamente eu evitei a cesariana para ter uma boa recuperação no pós-parto? O que eu tinha feito de errado para que Deus me castigasse daquela forma? Por que eu fui para aquele hospital público se eu tinha plano de saúde? Foi uma mistura de sentimentos, muito medo e também de confiança de que Deus tinha o controle de todas as coisas.
Fiquei acordada durante todo o procedimento porque eu não poderia tomar anestesia geral já que eu não estava em jejum e correria o risco de bronco aspirar conteúdo estomacal. Durante o exame, a médica, usada por Deus, percebeu que o motivo do meu sangramento era um pedaço de placenta, do tamanho de uma unha, que havia ficado dentro do útero, fazendo com que ele não contraísse, mas que ficasse enviando sangue para o feto que não estava mais lá. Assim que a médica limpou tudo, retirando o resto de placenta, o sangramento cessou na mesma hora. Glória a Deus!
Antes de eu entrar para o centro cirúrgico, muitas irmãs, de diferentes partes, levantaram um clamor pela minha vida. Não foi necessário abrir a minha barriga e também não foi necessário tomar bolsa de sangue. Deus cuida dos seus, seja no hospital público ou no privado, porque Ele é o médico dos médicos. Quem diria que uma mulher de 40 anos teria um filho, considerado bebê GIG, de parto normal? Só mesmo o nosso Deus. Ele é fiel e só Ele faz! Entregue nas mãos dEle e confie!
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