A paz a todas. Quero contar para vocês o meu testemunho. Sou Maria Lucia Viana da Silva tenho 67 anos e sou mãe de duas filhas, Rafaela (34) e Sarah (19). Nasci em uma família de seis filhos, sendo eu a terceira. Desde a minha infância, minha mãe era membro da Igreja Batista de Jardim Colégio (RJ), já meu pai não. Quando ele se converteu, eu já estava adulta, não lembro exatamente a idade.
Entre os meus 16 e 17 anos, meus pais se separaram. Foi realmente muito ruim para nossa família, ficamos desestruturados. Assim crescemos e nos afastamos de Deus e dos princípios bíblicos. Cada um vivia sua vida de acordo com os padrões desse mundo e eu lembro que essa foi a pior fase das nossas vidas. Meu irmão mais velho cada dia mais se afundava nas drogas, o mais novo tentou se suicidar, mas graças a Deus não teve êxito. Eu me casei com 22 anos e tive dois filhos, mas não estava feliz.
Nessa época tinha muito conflito dentro de mim, sentia desejo de ter um relacionamento com Deus, mas não queria abrir mão da vida que levava. Meu casamento ia mal. Eu não tinha sabedoria e só pensava em mim, era egoísta, enfim, uma pessoa que precisava muito de Deus. Em meio a tantos conflitos, acabei me separando.
Fui morar na casa do meu pai, embora ele tivesse me deixado claro que não apoiava minha decisão. E foi uma fase horrível da minha vida, dependia da comida que me doavam e, literalmente, alguns dias não tinha o que comer.
Estava se aproximando a Semana Santa e minha mãe veio nos visitar e me convidou a passar os feriados com ela. Nessa época, ela e seu companheiro eram caseiros na região próxima à Muriqui, Praia Grande (RJ). Eu aceitei o convite de primeira, era uma oportunidade de ter comida por algum tempo e tentar organizar minha vida de mãe. Eu estava com 25 anos, recém separada com dois filhos para criar, um menino de quase 3 anos e uma menininha de quase 01 ano.
Assim eu fui pra essa casa de praia junto com minha mãe e o companheiro dela. Planejamos ir passar o domingo de Páscoa em uma ilha em frente à praia onde estávamos. Saímos pela manhã cedo rumo à ilha “Dois irmãos”. Durante a travessia nosso barco naufragou, éramos cinco pessoas: eu, as duas crianças, minha mãe e o companheiro dela. Não tínhamos coletes salva vidas. Lembro de ter ficado boiando por horas, e enquanto estava ali naquele imenso mar, engolindo água do mar e pondo pra fora, comecei a lembrar de versículos que aprendi quando era criança na igreja e fui falar com Deus: “Deus, se você existe de verdade, se és como me ensinaram, eu vou te pedir que me console e me conforte, e eu nunca mais vou viver pra mim mesma, mas para Ti.”
As ondas me levaram para uma praia e ali fui encontrada por dois rapazes, um deles bombeiro que me socorreu e me levou para o hospital. Fui a única sobrevivente desse naufrágio e não somente sobrevivi, mas entreguei a minha vida ao Senhor. Fui consolada e confortada por Ele, como havia pedido. Ele é fiel. Isso aconteceu em 1983.
Sofri com o luto. Mas busquei ajuda em Deus, e Ele me consolou. Eu estudei e me formei em técnica de enfermagem. Fiz um concurso público e passei. Também tenho outra formação, Bióloga.
Em 1986 conheci a organização cristã, JOCUM (Jovens com uma missão) e fiz minha primeira escola, a Eted. Durante alguns anos, trabalhei como missionária pela JOCUM no Amazonas, junto aos índios Marubos. Também atuei no Chile e nos anos antes da pandemia com missões urbanas no Texas (Estados Unidos). Toda vez que eu ia servir na JOCUM, pedia licença sem vencimento no meu emprego e ficava dando o melhor no campo missionário.
Não casei de novo, mas me relacionei e tive a minha filha Rafaela. Depois, Deus me presenteou com a minha filha caçula, Sarah. Ela é filha do meu ex-companheiro e eu adotei com muito amor quando tinha 1 aninho. Atualmente, sou membro da Igreja Batista Atitude (RJ), faço um trabalho com enlutados, capelania, dentre outros. Tenho uma página no Facebook, “Mães que perderam filhos”, onde ajudo outras mulheres a encontrarem consolo em Deus. Eu poderia ser uma mulher “amarga” ou em depressão, mas eu recebi o consolo em Deus e amo servir ao meu Senhor.
Fui totalmente restaurada por Deus e nunca questionei a Deus o “porquê” de haver passado o que eu passei. Conto o meu testemunho e não sinto dor, porque o Senhor me curou. Sei que todos nós temos perguntas que jamais teremos respostas, mas Ele é Deus. E sua vontade é boa, perfeita e agradável (Romanos 12.2)
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*A CPAD não se compromete na publicação de todos os testemunhos. O mesmo será avaliado pela equipe responsável pelo site Mulher Cristã. A veracidade das informações é de inteira responsabilidade de seu autor.