Ela é autora de mais de 20 livros. Alda Ellis é casada há 48 anos com Buddy Ellis, mãe de dois filhos já casados e avó de dois netos. Além de escritora, ela é palestrante, designer de casamentos e fundadora do Aldas Forever Company, que produz presentes finos e tradicionais desde 1989. Inclusive, seu último livro é sobre casamentos. 

Pela CPAD, a autora publicou o livro “Além do Câncer de Mama” em 2016. Neste livro, a autora compartilha histórias de mulheres que tiveram medo, mas que enfrentaram o câncer de mama e foram bem-sucedidas. Além disso, ela conta sua própria experiência de vida, quando no final de 1990 foi acometida pela doença, Alda diz que “esse capítulo da vida está no passado, e não no futuro”. 

E por estarmos no mês onde temos a Campanha Outubro Rosa, conversamos com a autora internacional, Alda Ellis, que reservou um tempo para atender, exclusivamente, ao site Mulher Cristã. A autora contou como surgiu o livro, destacou a importância de fazer a mamografia e ainda deixou uma mensagem para as mulheres que estão enfrentando essa fase difícil. Confira esse bate papo! 

Há quanto tempo você é cristã? 
Sou cristã desde sempre, cresci em um lar onde meus pais já eram cristãos e acho que isso foi parte do alicerce diante do diagnóstico preocupante, pois, como cito em meu livro: “Se me pedissem para dar o que considero o conselho mais útil, seria este: Espere por problemas como uma parte inevitável da vida e, quando eles chegarem, mantenha a cabeça erguida, olhe-os diretamente nos olhos e diga: 'Eu serei maior que você. Você não pode me derrotar. Pois eu sei quem segura meu futuro.’”

Como surgiu a ideia de fazer o livro “Além do Câncer de Mama”? 
Eu estava em Nova York em uma viagem de negócios e recebi a horrível e devastadora ligação da minha irmã, dizendo que minha mãe havia sido diagnosticada com câncer de mama em estágio final. A notícia, literalmente, me fez cair de joelhos. Sua morte precoce foi, no mínimo, devastadora para nossa família, pois ela era o pilar de que todos nós dependíamos. Depois do funeral dela, minha irmã e eu fomos fazer a mamografia, e o resultado do exame dela foi bom e o meu, claro, nem tanto. Mas, graças à detecção precoce, o nódulo revelou que estava em estágio inicial e que eu só precisaria passar por tratamento e tudo deveria ficar bem! Com dois filhos pequenos, não havia dúvida de que eu começaria um tratamento agressivo imediatamente.Eu ainda estava de luto pela minha mãe, quando os médicos descobriram meu nódulo. No meu caso, a detecção precoce aliviou o que poderia ter sido um fardo muito mais difícil. E isso me trouxe a certeza de que o câncer de mama não é algo sobre o qual devemos nos calar. Esta ameaça invisível — o câncer de mama — é algo que nós, como mulheres, precisamos estar cientes e atentas. Precisamos falar sobre isso, fazer perguntas e compartilhar o que aprendemos. Precisamos apoiar umas às outras, orar umas pelas outras e dar livremente nosso conforto e apoio.

Qual é o foco principal deste livro?
O foco é bastante simples: a detecção precoce desta doença devastadora, por meio de uma simples mamografia, pode salvar vidas, assim como salvou a minha. 

Para você, o autocuidado sempre foi uma realidade ou somente a partir da doença da sua mãe iniciou a busca pelo diagnóstico precoce?
Raramente ia ao médico. Eu estava muito ocupada! Cuidando de uma casa e gerenciando um negócio, não sobrava muito tempo para mim ou assim parecia, até que fui parada no meio do caminho e trazida de joelhos.

Com tantas histórias relatadas no livro e por experiência própria, qual o papel da fé em Deus e a ajuda de amigos e parentes após um diagnóstico tão avassalador?
Deus nos traz de joelhos quando menos esperamos. Ao abrirmos nossos corações para os outros, ao aprender a receber suas bênçãos e orações, também aprendemos a servir. Deus não dá todas as respostas de uma vez, mas as respostas estão lá.

Estamos no mês de outubro, conhecido pela campanha Outubro Rosa, qual mensagem você gostaria de deixar para as mulheres que estão enfrentando o tratamento contra o câncer?
Às vezes, enfrentamos portas fechadas, e não vemos as maçanetas e dobradiças. A fé nos ensina que podemos mudar nossas vidas, não importa as circunstâncias, se mudarmos nossa atitude. As maçanetas e dobradiças que, antes não podíamos ver, agora se tornam visíveis.
Manter a fé e continuar com os afazeres da vida cotidiana é fundamental. Seja forte, encare os desafios e siga em frente, pois o câncer de mama é uma realidade que precisa ser enfrentada. Saiba que Deus está no controle, e que tudo tem um propósito. A atitude com que você lida a situação fará toda a diferença na sua qualidade de vida diária. Apenas vá fazer a mamografia preventiva!

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Por Luciene Saviolli