Querida irmã, vou compartilhar algo com você, pois creio que nos será enriquecedor. Durante minha vida, tenho conhecido algumas pessoas, algumas há mais tempo outras mais recentemente, que ao ouvirem falar de Jesus me responderam: “Ah, sim! Eu já ouvi falar de Jesus e eu gosto muito disso tudo, mas só quero pensar nisso quando eu for mais velho, ainda quero aproveitar a vida.”
Outros: “... mas, para quem tem todo o meu conhecimento, a minha cultura e minha formação, isso não funciona.” Ou ainda: “Ah não! Eu tenho tradição familiar. Eu e minha família temos nossa religião tradicional!”
Meditando sobre Jesus e os dias em que Ele teve seu ministério na terra e andou entre os homens, podemos nos perguntar: quantas pessoas com intenções diferentes faziam parte das multidões que cercaram Jesus durante aqueles três anos? Pude perceber então, que algumas pessoas tiveram grande interesse de achegar-se a Ele; no entanto, muitos tiveram a oportunidade de ver Jesus passar, mas não tiveram interesse em aproximar-se dEle, conhecê-lo ou tocá-lo. Não foram capazes de vencer as barreiras que as impediam de se achegar ao Mestre.
Como tem sido a nossa atitude? Minha amada irmã, tomemos como exemplo esta mulher tão conhecida na Bíblia: “E certa mulher que, havia doze anos, tinha um fluxo de sangue, E que havia padecido muito com muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior; ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou na sua veste. Porque dizia: Se tão-somente tocar nas suas vestes, sararei. E logo se lhe secou a fonte do seu sangue; e sentiu no seu corpo estar já curada daquele mal. E logo Jesus, conhecendo que a virtude de si mesmo saíra, voltou-se para a multidão, e disse: Quem tocou nas minhas vestes? E disseram-lhe os seus discípulos: Vês que a multidão te aperta, e dizes: Quem me tocou? E ele olhava em redor, para ver a que isto fizera. Então a mulher, que sabia o que lhe tinha acontecido, temendo e tremendo, aproximou-se, e prostrou-se diante dele, e disse-lhe toda a verdade. E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai em paz, e sê curada deste teu mal.” Mc 5: 25-34.
A mulher que procurava achegar-se a Jesus para tocar-lhe as vestes enfrentou grandes barreiras. A primeira delas foi a doença da qual sofria. Pela legislação da época, sua enfermidade a tornava impura, não podendo tocar ou ser tocada pelas pessoas, e isso a afastava do convívio social. Em segundo lugar, o próprio fato de ser mulher. Pelos mesmos padrões do período, já não lhe seria sequer permitido estar ali. Além disso, a multidão que se interpunha entre ela e o Senhor faria com que qualquer pessoa desistisse de se aproximar. Porém, para quem vê Jesus passar e reconhece quem Ele é - reconhece que dELe emana todo o poder e a vida - vai buscar superar toda dificuldade que possa trazer impedimento para alcançá-lo. Em meio a tão grande número de pessoas onde poderia nem ser percebida, aquela mulher é individualizada e tratada por Jesus. E quanto valeu a perseverança dela? Valeu receber do Senhor Jesus o reconhecimento de sua fé e a salvação; recebeu a paz que somente Ele tem poder para dar; e, por fim, recebeu a cura da enfermidade. A benção eterna e a benção temporal.
Minha amada irmã, todas nós, em algum momento de nossa vida, passamos por circunstâncias, como aquela mulher, em que sabemos que o socorro só poderá vir do Senhor. Sejam pessoas, posses, poder, saber ou o que em nossa vida pareça insubstituível ou intransponível, é fundamental sabermos que, segundo a Bíblia Sagrada, ninguém nos leva ao Pai a não ser Jesus Cristo. Ele é a certeza de nesta vida termos salvação, restauração, transformação, cura, renovação, paz e alegria. E a garantia de no futuro termos a vida eterna.
Este trecho da Palavra de Deus nos mostra, lindamente, o quanto vale a pena ao ouvir falar de Jesus, acreditar, buscar, crer e, por fim tocá-lo com fé. Sim, nEle, Jesus Cristo, o Filho do Deus vivo. Busquemos a cada dia superar e vencer o que queira se interpor entre nós e Ele, não perdendo nenhuma oportunidade que tenhamos de tocá-lo.
Minha amada irmã, que a paz e as virtudes de Cristo cubram sua vida e de sua família.
Lídia Dantas Costa
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