Quando em nosso encontro com Jesus Cristo temos a vida transformada e somos invadidas pelo amor de Deus e a alegria do Espírito Santo de um modo indescritível, podemos admitir que na conversão a Cristo somos totalmente tomados pelo poder da graça divina. Porém, no decorrer do tempo, os afazeres, os desgastes emocionais, as dificuldades relacionais, o lidar com as tristezas e decepções podem nos levar a estacionar na fé ou, até mesmo desejar abandonar tudo.
Soma-se a isso perseguições e injustiças que podemos vivenciar nos levando a desanimar, nos deixar fartos ou cansados das atividades que temos na Casa do Senhor, assim como, até mesmo na vida espiritual pessoal.
Quão relevante é a observância de que, é possível, o cristão enfrentar um segundo momento transformador em sua vida espiritual. Passados tempos da conversão, surge a necessidade de uma nova decisão, na qual devemos resolver se permaneceremos como estamos ou se nos levantaremos e nos apresentaremos diante de Deus como a filha que anseia pela manifestação maravilhosa da glória do Pai. Já tivemos o privilégio da salvação em Cristo, na qual fomos resgatadas de forma tão intensa pela graça maravilhosa de Deus, no entanto, neste novo momento de despertamento, em um novo propósito, grande parte do esforço virá de você mesma, todavia crendo que o Espírito Santo trabalhará em seu favor.
Quando iniciamos na fé somos alimentados e cuidados como crianças, “Quem se alimenta de leite ainda é criança e não tem experiência no ensino da justiça.” Hebreus 5:13, mas com o passar do tempo amadurecemos,e precisamos ter iniciativas próprias. “Mas o alimento sólido é para os adultos, os quais, pelo exercício constante, tornam-se aptos para discernir tanto o bem quanto o mal.” Hebreus 5:14. A vontade de Deus é que nos aproximemos dEle e alcancemos um novo estágio de espiritualidade, o buscando com desejo verdadeiro de alcançá-lo, com todo o coração e com todas as forças, essa busca por um encontro maior com Deus demandará nosso esforço pessoal.
Ao meditarmos o sofrimento do Apóstolo Paulo e Silas na prisão, eles haviam sentido a dor dos açoites com varas, mas os soldados também carregavam consigo machados que, a qualquer momento, poderiam ser usados contra eles. Estavam presos e poderiam chegar à morte, como fizeram com Jesus. Poderiam sentir-se entristecidos, decepcionados e desanimados, no entanto, não sentiam-se assim, pois “...perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam. E de repente sobreveio um tão grande terremoto, que os alicerces do cárcere se moveram, e logo se abriram todas as portas, e foram soltas as prisões de todos.” At 16. 25,26. Quando eles poderiam estar dormindo e descansando das dores e sofrimentos daquele dia, eles preferiram, sim, escolheram orar e cantar hinos a Deus. Buscando no Senhor consolo nas aflições, sustento no sofrimento, que todas aquelas dores contribuíssem para a propagação do evangelho de Cristo. Oravam pelos que os perseguiam para que fossem perdoados e salvos. Seja em que lugar for ou em que circunstância estiver não há o que impeça que um coração contrito se eleve a Deus. Paulo e Silas além de orar, cantavam louvores ao Senhor em meio a dores, mas oravam e cantavam tão alto que os prisioneiros acordaram e ouviam louvores de gratidão, de súplica, de amor e exaltação a Deus. Que experiência maravilhosa não viveram os servos do Senhor? “E de repente sobreveio um tão grande terremoto, que os alicerces do cárcere se moveram, e logo se abriram todas as portas, e foram soltas as prisões de todos.”. Saíram fortalecidos, renovados, restaurados, com a fé aumentada e, extremamente gratos a Deus.
Moisés fez a Deus um importantíssimo pedido, em um momento difícil de decepção com os hebreus, em uma intensa intercessão pelo povo: "Rogo-te que me mostres a tua glória" (Êxodo 33:18). O que desejava Moisés? Conhecer a glória de Deus. Conhecer profundamente e de modo íntimo, o caráter, o amor e o relacionamento de Deus com o ser humano. Moisés desejava contemplar ao Senhor em toda a sua glória, majestade e poder. Amada irmã, eu a convido para submergir em um novo e profundo relacionamento espiritual com o Senhor nosso Deus. Creia! É isso que Ele quer: você bem juntinha dEle.
“Tua é, SENHOR, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, SENHOR, o reino, e tu te exaltaste por cabeça sobre todos. E riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e na tua mão está o engrandecer e o dar força a tudo. Agora, pois, ó Deus nosso, graças te damos, e louvamos o nome da tua glória.” 1 Cr 29. 11-13.
Lídia Dantas Costa
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