Irmã querida, eu a convido para juntas fazermos uma visita aos nossos sentimentos, as nossas lembranças. Quem sabe será uma visita há dias, meses ou anos passados? Vamos visitar um sentimento. Um grande amor.
O Senhor Deus, por amor, compadeceu-se da solidão do homem, embora toda a criação do Pai o cercasse, não havia ninguém da mesma natureza com quem ele pudesse conviver e relacionar-se familiarmente.
“E disse o Senhor Deus: não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele” Gn 2:18. Segundo Matthew Henry, uma ajudante, como ele; alguém da mesma natureza e do mesmo nível de existência. Uma ajudante, próxima dele, alguém que coabite com ele e esteja sempre por perto. Uma ajudante à sua frente, alguém a quem ele olhe com prazer e deleite. Assim, o Senhor Deus criou Eva e a pôs junto de Adão. Que linda e perfeita a intenção de nosso Deus ao preparar para o homem uma companheira, que lhe completasse a vida!
Um dia o Senhor percebeu em seu esposo a mesma necessidade que havia percebido em Adão e, com o mesmo amor e cuidado, preparou você, minha irmã, para ele. E que lembranças você tem de quando vocês se conheceram? E foram a cada dia conhecendo-se melhor... Os sentimentos foram nascendo em seu coração e foram crescendo. Até ao ponto de você perceber que era amor. Este sentimento cresceu até levá-los ao casamento. Era um grande amor! Era?
Dessa forma nossa história caminha... Casamo-nos e com o passar do tempo as demandas do casal podem tornar-se desgastantes. A família cresce, a rotina do cotidiano instalasse em nossa vida e com relação ao cônjuge, tudo já não parece tão perfeito, comumente, começa a saltar aos nossos olhos o que nele nos aborrece, irrita ou desagrada. E, então, passamos a reclamar, chamar a atenção e a corrigi-lo; e isso segue dia após dia. Se não tivermos o cuidado de prestar atenção e nos policiarmos, faremos isto grande parte do tempo em que estivermos juntos. Um relacionamento assim pode ser bom, agradável e prazeroso? Neste contexto o amor pode parecer não tão grande, ou pequeno, ou inexistente.
Porém querida, você pode ter um olhar especial para com o homem que um dia despertou em seu coração esse grande amor. Passe a observar o que seu esposo tem de bom. Que qualidades são admiráveis nele? O que ele faz que é muito bom? Em que ele se destaca? Um marido fiel! Um crente de fé! Um ótimo pai! Um excelente provedor! É muito divertido! É muito romântico! Quando passamos a observar e destacar o que o outro tem de bom, de admirável; quando nos lembramos do que nos fez nos apaixonarmos, no início do relacionamento; quando começamos a trocar o que nos aborrece e a focar com bons olhos o que há de elogiável nele, este tipo de percepção fará com que a admiração por seu esposo cresça e isto é muito saudável para a manutenção e fortalecimento do amor e da união entre o casal. E a Palavra do Senhor, que é perfeita, nos diz:“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude ou algum louvor, nisso pensai.” Fp 4:8. O seu relacionamento conjugal poderá ser ainda mais favorecido, se você passar a elogiar seu esposo, com sinceridade, nas características em que ele se destaca, mesmo que você me diga que ele nunca elogie você. Será perceptível a maior interação entre vocês, minha irmã.
Quando buscamos o enriquecimento do amor,algo muito importante para meditarmos é sobre o humor. O bom humor nos ajuda a lidar com as pressões do casamento. Não passaremos a ser irresponsáveis, mas não deixaremos que questões alheias à relação esposo/esposa venham interpor-se a nós, tirando a paz, a comunhão e o prazer de sermos um casal. O bom humor nos ajuda a dar um tempo para observarmos a realidade. Impede-nos de brigar por qualquer motivo. Nos ajuda a não exigir perfeição do outro. É um alívio para a tensão. “O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos” Pv 17:22
Amada irmã, a palavra de Deus nos diz que: Tudo tem seu tempo determinado... Tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar de alegria. Há um tempo certo para cada coisa (Ec3: 1-8). Não podemos nos esquecer de descontrair, de nos divertir e desfrutar um do outro. Você tem seu esposo ao seu lado? Então, esse é o tempo determinado pelo Senhor para vocês se amarem.
Olhe bem para seu esposo, avalie e perceba que não era um grande amor, ainda é: “As muitas águas não podem apagar este amor, nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens de sua casa pelo amor, certamente o desprezariam.” Ct 8:7.
Lídia Dantas Costa
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