Nós somos seres sociais por excelência, formados com predisposição para interagir, necessitados dos outros e do próprio Deus.
Por mais que gostemos de observar a beleza da natureza e das coisas criadas por Deus, e por mais curiosos que sejamos com relação à tecnologia e mídias sociais, as pessoas sempre nos chamam mais atenção. Estamos sempre conversando sobre atitudes alheias, observando os modos de viver de outros povos, acompanhando as últimas novidades na decoração e no vestuário e nos emocionando positiva ou negativamente com pessoas.
Há algumas pessoas que observamos de longe, seja em um evento social, em um meio de transporte ou até mesmo na igreja. Podemos não conversar, nem saber seus nomes, mas elas nos parecem simpáticas e agradáveis. Muitas vezes damos um sorriso, desejamos um bom dia e o sorriso simpático de uma pessoa estranha pode melhorar nosso humor, mesmo que momentaneamente.
A grande maioria das pessoas que conhecemos superficialmente, sem a intimidade de trocar confidências ou de frequentar a casa, nos parece simpática. E simpatia é exatamente a capacidade de lidar com o outro com naturalidade, educação, e uma dose de admiração pela postura ou atitudes apresentadas a partir de um simples sorriso, de um olhar carinhoso, ou de gestos delicados e altruístas.
Precisamos aprender a ser simpáticos com as pessoas, demonstrando boa educação e respeito, pois os outros não precisam saber de nossos anseios e frustrações. Ser simpático com vizinhos, irmãos da igreja, familiares e desconhecidos é uma decisão pessoal acertada e biblicamente correta. Infelizmente convivemos também com algumas poucas pessoas antipáticas, que dificultam os relacionamentos sociais, sendo arrogantes, prepotentes, indesejadas e artificiais, sem se preocuparem com os atos e opiniões ao seu redor. Uma pessoa evangélica não deve ser antipática, mas devolver bem ao mal, andar uma segunda milha, tratar a todos com consideração e educação, compreendendo que a antipatia desvia o interesse dos outros da nossa fé em Jesus.
Muitas pessoas conseguem ser apáticas: indiferentes à simpatia ou antipatia dos outros. Geralmente se machucaram em relacionamentos anteriores ou estão tão voltadas para si mesmas, num ato muito egoísta e narcisista, que não olham à sua volta. Perdem a habilidade de se importar com o próximo, se afastando até mesmo das pessoas que as amam. Precisam de Deus, do amor incondicional do Criador, que mesmo sendo Senhor de tudo, se importa conosco, sara nossas dores e deseja atender nossos anseios.
Quando conhecemos as pessoas mais de perto, tendo uma convivência harmoniosa, seja no espaço da igreja ou do trabalho, podemos desenvolver a empatia – onde duas pessoas se simpatizam mutuamente, e se esmeram em se colocar no lugar do outro para melhor atendê-lo, conhecê-lo ou servi-lo. A empatia é a base da amizade, da boa convivência familiar, de um casamento harmonioso e de uma igreja restauradora. Por mais que a empatia esteja prescrita a um grupo menor de pessoas com quem convivemos, ela precisa ser trabalhada no cotidiano dos relacionamentos.
Abandone a apatia e trate sua antipatia. Aprenda a internalizar suas tristezas e mazelas, pois os outros não precisam saber o que sentimos.
Desenvolva a simpatia. Trate os outros como gostaria de ser tratado, sorria mais e alegre corações alheios: esta é a melhor técnica de evangelização!
Seja empático. Esta característica é rara, mas implica vivenciar os princípios bíblicos, usando dons e talentos para servir a outros. Deus é nosso exemplo maior, de alguém que nos conhece e ainda assim morreu no nosso lugar. Deus não foi só simpático à humanidade – ele agiu por amor a ela!
Elaine Cruz
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