"...vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus" (Mateus 6.9).
Esta oração ensinada por Jesus tem muitas riquezas e detalhes espirituais, como também lições que merecem nossa reflexão. Quando dizemos: "Pai nosso, que estás no céu", o que realmente estamos dizendo é que Ele é o nosso pai chegado.
A palavra "pai", no grego, significa "aquele que gera, aquele que é próximo e dá afeto". Mas há outro significado que se refere especificamente a Deus como Pai do nosso Senhor Jesus Cristo, e diz respeito àquela relação particular de Cristo como Filho de Deus.
O que é maravilhoso é que hoje eu e você podemos ter essa intimidade de filhos com o Pai Celestial, evocá-Lo, chamando-O para perto. O apóstolo Paulo explicou a razão pela qual isso é possível em sua carta aos Efésios: “Mas, agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados mediante o sangue de Cristo… pois por meio dele tanto nós como vocês temos acesso ao Pai, por um só Espírito” (Efésios 2.13,18 - NVI).
Dizemos: "Pai nosso, que estás no céu", mas imaginemos a distância entre o céu e a terra... Os cientistas dizem que um ano-luz é a distância percorrida pela luz em um ano, em torno de 10 trilhões de quilômetros. Pode-se perceber que a distância entre o Pai que está no céu e nós é inatingível, mas aprendemos com essa linda verdade que, através de Jesus, daquele que nos ensinou a orar o Pai nosso, essa distância é vencida. Pedro sentiu isso quando disse: "...em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia" (1 Pedro 2.10).
Não tenha nenhum receio de clamar "Pai nosso" ao Deus Todo Poderoso e Criador. Deus, Aquele que habita num alto e sublime trono (Isaías 57.15), mas se curva para escutar o clamor do pobre e necessitado. Ele é o nosso Pai e quer ouvir a nossa voz. Foi Ele mesmo Quem assegurou: “Clame a mim e eu responderei e direi a você coisas grandiosas e insondáveis que você não conhece” (Jeremias 33.3- NVI).
Enquanto ora, lembre-se de que toda boa dádiva e todo dom perfeito vem do Pai das luzes, o Criador dos luminares celestes, no qual não há mudança nem sombra de variação (Tiago 1.17). Ele não se cansa de lhe ouvir; Ele deseja que você O chame para perto, dizendo: "Pai nosso, que estás no céu"... e Ele dirá: "Eis-me aqui".