Estamos vivendo uma era de grande confusão mental em todo mundo, pelo fato de que as redes sociais (não sou contra tê-las e usá-las - eu mesma as uso) preconizam uma felicidade utópica que vai desde ao que se come, até ao que se veste e como se amam.
Aqueles que dependem da afirmação dos outros para viver ou pessoas que são inseguras entram em uma crise existencial por estar em constante comparação entre sua vida e a vida dos outros. Eles acreditam que jamais alcançarão aquela “felicidade” retratada nas imagens. Infelizmente, as redes sociais intensificaram as angústias e nos fizeram perder o senso da realidade. Não reconhecemos as tristezas. As imagens são congeladas no sorriso, num recorte de um momento que durou alguns segundos.
Perceba: a maioria absoluta das postagens retratam sorrisos e momentos descontraídos. Ou quando não, mostram conquistas pessoais. As selfs povoam os perfis e há sempre um jeito de capturar o ângulo mais bonito na foto. Aqueles seguidores que não admitem frustração na vida acabam por não aceitar sua realidade e as frustrações que fazem parte do crescimento intelectual e espiritual. Mas está escrito: “Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos” (Salmo 119.71). O mundo jamais será um lugar de satisfação e felicidade constante. Pelo contrário, Jesus preveniu seus seguidores: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (João 16.33).
Li, outra vez, sobre esta triste realidade de querer viver como o outro vive no mundo virtual. “Achamos que o mundo é uma satisfação constante, afinal, meus amigos postam fotos de cada prato de comida com tanta felicidade, publicam suas viagens, seus trabalhos excepcionais, seus belos carros importados, suas paixões avassaladoras e me fazem acreditar fielmente que eles amam melhor do que eu, se alimentam melhor do que eu, trabalham melhor do que eu, em resumo, são mais felizes do que eu sou. A internet, quando não utilizada adequadamente, se torna uma terrível fonte de ansiedade e depressão”. E em vez de navegarmos no mar da vida, naufragamos no mundo virtual.
Pare, reflita sobre você mesma e procure não se comparar com outras pessoas. Tenha o propósito de viver para agradar a Deus, como escreveu o apóstolo Paulo: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (1 Coríntios 10.31).
Seja você mesma na maravilhosa busca por agradar a Deus. Jesus será a tua felicidade!
Meu abraço!
Judite Alves
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